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Político preso por porte de arma em aeroporto é prefeito de Formosa

Gustavo Marques de Oliveira, 36 anos, foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, cuja pena é de seis anos de prisão

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Prefeito de Formosa (GO) Gustavo Marques
1 de 1 Prefeito de Formosa (GO) Gustavo Marques - Foto: Reprodução

O político preso pela Polícia Federal com uma pistola calibre 9mm, com 15 balas, na noite dessa terça-feira (1º/8), no Aeroporto de Fortaleza, é o prefeito de Formosa (GO), Gustavo Marques de Oliveira (foto em destaque), 36 anos.

O flagrante ocorreu no momento em que o prefeito tentava embarcar em um voo particular, do Ceará para Goiás, com a arma carregada e sem ter porte da pistola.

Em depoimento à polícia, Gustavo disse que conseguiu a posse da arma durante o período da pandemia da Covid-19, pois, à época, teria recebido ameaças de morte.

O político alegou achar que autorização para porte de outra arma, uma de calibre 380, permitiria o transporte de qualquer item semelhante consigo.

O preso foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, cuja pena prevê prisão de até seis anos. Agora, ele aguarda por nova decisão da Justiça. As investigações continuam, para identificação dos demais envolvidos no crime.

Nesta quarta-feira (2/8), a juíza federal Heloísa Silva de Melo, da 11ª Vara Federal, determinou que o prefeito seja julgado pela Justiça de Goiás, não pelo Judiciário do Ceará, onde ocorreu a prisão.

O Metrópoles entrou em contato com a Prefeitura de Formosa e, também, com o advogado de Gustavo, mas não teve resposta até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Escândalo de grilagem

Como denunciado pelo Metrópoles no início de julho, um escândalo de grilagem de terras em Formosa tem envolvido políticos, uso do poder público, ameaças de morte e fraude de documentos de pessoas mortas.

O caso veio à tona após investigação do Ministério Público de Goiás (MPGO), que analisou escrituras, interceptações telefônicas e diversas provas, para pedir à Justiça mandados de busca e apreensão, além da prisão preventiva de investigados.

Os mandados foram autorizados e cumpridos contra 13 pessoas físicas e jurídicas. Três ex-vereadores, suspeitos de legislarem e atuarem em benefício de um empresário da cidade, também entraram na mira da operação, intitulada Escritório do Crime.

A investigação de seis meses mirou um grupo suspeito de praticar crimes de grilagem, corrupção, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa. O atual presidente da Câmara Municipal de Formosa e a Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo da cidade também foram mencionados no âmbito das apurações.

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