Wellington Luiz será o presidente do Metrô-DF no governo de Ibaneis
Derrotado nas últimas eleições, o vice-presidente da Câmara Legislativa terá como missão expandir as linhas da capital da República
atualizado
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O governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta quinta-feira (22/11) que o vice-presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Wellington Luiz (MDB), será o presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) em sua gestão.
Segundo Ibaneis, o indicado tem afinidade com os sindicatos que representam os servidores da companhia. “Como deputado, ele teve envolvimento muito forte com o Metrô. Ele é da minha confiança e atende bem aquilo que eu quero. Vamos privilegiar a área de engenharia e manutenção. Temos que investir mais para que as pessoas utilizem o transporte”, disse o futuro governador.
O distrital tentou se reeleger nas eleições de 2018, mas obteve 11.663 votos e não garantiu uma vaga na CLDF para a próxima legislatura. Wellington é secretário-geral do MDB-DF, cargo estratégico na regional do partido.
Agente aposentado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), presidiu o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) por 12 anos. Em 2012, no governo de Agnelo Queiroz (PT), Wellington foi nomeado como secretário de Regularização de Condomínios.
Expansão
Uma das propostas de Ibaneis para a próxima gestão é expandir o Metrô para a Asa Norte, além de ampliar a linha em Samambaia e Ceilândia. Na última quarta-feira (21/11), a atual gestão iniciaria a licitação para contratar empresa que faria as obras da expansão da Linha 1 – Trecho Samambaia. No entanto, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que a companhia suspendesse o procedimento.
O certame, previsto no Edital da Concorrência nº 02/18, foi interrompido “diante das inúmeras impropriedades destacadas pelo corpo técnico”, que infringem não apenas dispositivos da Lei nº 8.666/93 (Lei das Licitações), como também orientações da Corte de Contas e os princípios da economicidade e da ampla competitividade, entre outros.
O que diz o distrital
Sobre não ter expertise na área do metrô, o distrital disse ter “experiência em gestão”. “Vamos compor uma equipe muito boa de pessoas preparadas. A ideia é fazer um excelente time. Não vou fazer o trabalho sozinho.” O futuro presidente disse ainda que é usuário do transporte e que a filha dele usa o Metrô-DF para ir todo dia ao trabalho.
Wellington acredita que conseguirá unir a categoria, hoje insatisfeita. “Sou muito bem relacionado com os servidores. A gente vai acalmar os ânimos, que estão muito acirrados. Vamos trazer o pessoal para encontrar soluções. Ninguém consegue fazer nada sozinho e de portas fechadas. As portas do gabinete estarão abertas.”
Ação por peculato
O futuro presidente do Metrô-DF ainda comentou as duas ações judiciais a que responde. Uma, por peculato: ele foi acusado de, em 2012, embolsar verba de uma emenda para viajar, ao lado de nove pessoas, para a Europa. “Tenho a tranquilidade da inocência da ação que eu respondo, e a certeza da absolvição. Todos aqueles que respondem comigo foram absolvidos. Eu, por estar numa instância diferente, não, mas o caminho deve ser o mesmo.”
Outra ação diz respeito ao terreno onde ele mora, no Park Way: a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) reivindica a propriedade do lote. “Moro lá há mais de 20 anos, eu que procurei a Justiça. Não há qualquer desconforto, principalmente quando se tem certeza dos seus atos. Fui policial por quase 30 anos e nunca sujei as minhas mãos.”