Vetada praça com nome de Marielle Franco no Setor Comercial Sul
Local se uniria a outros 150 espaços pelo mundo que receberam o nome da vereadora assassinada no Rio de Janeiro
atualizado
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A edição suplementar do Diário da Câmara Legislativa (DCL) desta quarta-feira (22/01/2020) trouxe veto do governador Ibaneis Rocha (MDB) a vários projetos de autoria dos deputados distritais aprovados no ano passado. Entre eles, o que dá o nome da ex-vereadora carioca Marielle Franco (PSol) a uma praça no Setor Comercial Sul, em frente à Estação Galeria.
A proposta de autoria do deputado distrital Fábio Felix (PSol) foi negada por não haver “argumentos sólidos” para justificar o interesse público da matéria para o Distrito Federal.
“Não obstante tenha ciência dos serviços prestados pela vereadora Marielle Franco às comunidades do Rio de Janeiro, não há relação entre o nome da vereadora e o Distrito Federal”, explica o governador.
Segundo o autor da proposta, o chefe do Executivo já tinha informado sobre a possibilidade de veto. No entanto, Fábio Felix disse que trabalhará, dentro da Câmara Legislativa, para derrubar o veto. “É lamentável que tenhamos mais de 150 locais no mundo com o nome da vereadora e em Brasília não se tenha”, disse o deputado.
1964
Esse não é o primeiro projeto do distrital que tem veto do governador Ibaneis Rocha nesse sentido. Também em dezembro do ano passado, o governador vetou parcialmente a proposta que proibia o Distrito Federal de batizar vias e logradouros com nome de torturadores que constam na lista da Comissão da Verdade.
O texto publicado no Diário Oficial não retira os atuais nomes, mas veta novas propostas que homenageiam torturadores.
Marielle Franco foi morta na noite de 14 de março de 2018, quando o carro onde estava parou em um sinal no Rio de Janeiro e foi alvo de tiros. Até hoje, o crime não foi solucionado.