Veja candidatos do DF que ficaram mais ricos ou mais pobres desde 2014
Entre os 10 que mais perderam dinheiro, redução foi de R$ 18,3 mi. Os 10 que mais enriqueceram aumentaram o patrimônio em R$ 23,2 mi
atualizado
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A prestação de contas dos candidatos que concorreram a cargos eletivos em 2014 e pretendem disputar uma vaga novamente em 2018 mostra realidades distintas. Considerando os valores brutos declarados à Justiça Eleitoral, há quedas de R$ 9 milhões na lista de bens apresentados por um único postulante e acréscimos que chegam quase a R$ 3 milhões.
Os 10 primeiros da lista que perderam mais dinheiro nos últimos quatro anos ficaram R$ 18.329.743,04 “mais pobres”. Os que mais ganharam, estão R$ 23.236.296,15 “mais ricos”.
Os valores contabilizados são baseados nos dados dos 117 postulantes inscritos com prestação disponível no repositório de dados da Justiça Eleitoral. O recorte é sobre aqueles que disputaram o pleito de 2014 e tentarão se eleger em 2018.
A candidata ao Palácio do Buriti Eliana Pedrosa (Pros) lidera o ranking nas baixas patrimoniais. Ela perdeu 68,24% dos bens que tinha. Desfez-se, segundo apresentado à Justiça Eleitoral, de caminhões, motos, triciclos de propaganda, carros e lojas comerciais.
Em valores brutos, a candidata tinha um patrimônio de R$ 13,5 milhões em 2014. Hoje, declarou R$ 4,2 milhões: uma perda de R$ 9,2 milhões. Logo depois vem Tadeu Filippelli (MDB), que concorrerá a deputado federal, com um decréscimo de R$ 2,6 milhões no registro de suas posses na Justiça Eleitoral. Filippelli abriu mão de uma Land Rover Evoque, um carro da marca Mercedes Benz e de salas comerciais, segundo alegou.
A ida de Leila Barros (PSB) para o Executivo local como secretária do Esporte, Turismo e Lazer também não fez muito bem para as finanças. Ela apresentou ao TSE um capital R$ 864 mil menor. Se comparadas às listas dos anos eleitorais, Leila excluiu do patrimônio um apartamento e um conjunto de bens que chega a R$ 606.529,23.
Veja a lista dos 10 candidatos que sofreram, em valores brutos, a maior redução no patrimônio nos últimos quatro anos:
Bonança
Entre os 10 candidatos que engordaram as finanças, estão empresários, ex-parlamentares e distritais. Candidato a deputado federal, Paulo Roriz (PSDB) ganhou, em quatro anos, R$ 2,8 milhões em comparação às eleições passadas. De R$ 6,6 milhões, passou a ter R$ 9,4 milhões.
Ele declarou um lote de terreno no Lago Sul e um bem retornado da sociedade empresarial Roriz, Roriz e Cunha, no valor de R$ 874 mil. Apresentou ainda participação percentual dos bens de herança de sua mãe, Wilman Rodrigues, além de cotas de empresas, entre outras propriedades.
Neviton Sangue Bom, postulante a deputado federal pelo Pros, teve um acréscimo de R$ 3 milhões nos bens, correspondente à compra de uma casa. Assim, o patrimônio atual chega a R$ 5,3 milhões.
O delegado Mauro Cezar (Avante) viu seus bens aumentarem em 1.638%. Em 2014, tinha apenas aplicações em rede fixa e uma Toyota Hillux. Quatro anos depois, comprou uma casa de R$ 1.163.209; uma sala de R$ 644 mil; um apartamento de R$ 183,2 mil; um terreno; e elevou o valor declarado para R$ 2,5 milhões. Em 2018, concorre a deputado distrital.
Candidato a federal, Juraci Tesoura de Ouro (PTB) ampliou as quotas e quinhões de capital de sua empresa. E conseguiu aumentar o valor dos bens de R$ 4,6 milhões para R$ 7,1 milhões.
O distrital Agaciel Maia (PR) – que concorre à reeleição – e o federal Alberto Fraga (DEM), postulante ao Buriti, tiveram acréscimos parecidos nas rendas: cerca de R$ 2 milhões.
Agaciel acreditou nos Fundos de Investimentos Imobiliários para aumentar os bens. Somente em um deles, mantém R$ 1,7 milhão, valor que não existia em 2014. Fraga aplicou em apartamentos e declarou dois carros mais caros do que os anteriores.
Veja a lista dos 10 primeiros candidatos que aumentaram o patrimônio: