TSE nega recurso e Liliane Roriz continua inelegível
Em decisão monocrática, ministro Luiz Fux não viu elementos para suspender processo que condenou a distrital por compra de votos
atualizado
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Acusada de compra de votos e fraude eleitoral nas eleições de 2010, a deputada distrital Liliane Roriz (PTB) sofreu sua primeira derrota no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em decisão monocrática, o relator do processo, ministro Luiz Fux, indeferiu o pedido de recurso da parlamentar, condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). A decisão foi publicada na última sexta-feira (2/2), e a defesa tem três dias úteis para recorrer.
No parecer do ministro Fux, de novembro de 2017, ele afirma não haver requisitos suficientes para que seja dada medida cautelar favorável a Liliane. Ainda, conforme o magistrado, a decisão pelo trâmite normal do processo não prejudica a parlamentar, pois ela não se manifestou sobre uma possível candidatura nas próximas eleições.
Em abril do ano passado, Liliane foi condenada pelo TRE-DF a 4 anos, 5 meses e 8 dias de prisão em regime semiaberto, além de multa de R$ 32,4 mil – o equivalente ao valor de 60 salários mínimos em 2011.A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral. Para os promotores, Liliane Roriz ofereceu vantagens indevidas a eleitores na disputa por uma vaga na Câmara Legislativa, além de não ter declarado, na prestação de contas da campanha, despesas com apoiadores que trabalharam para ela.
Procurada pela reportagem, a defesa da deputada afirmou que ainda não teve acesso à decisão do ministro Fux e só vai se pronunciar após a elaboração de novo recurso, o qual deve ser protocolado até quarta-feira (7).