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TRE-DF nega registro de candidatura para ex-distrital Júnior Brunelli

Ele ficou conhecido em todo o país pela chamada “oração da propina”

atualizado

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Arquivo CLDF/Reprodução
homem de terno
1 de 1 homem de terno - Foto: Arquivo CLDF/Reprodução

Conhecido por comandar a chamada “oração da propina” – vídeo icônico da Operação Caixa de Pandora – o ex-deputado distrital Júnior Brunelli (Podemos) teve seu registro de candidatura negado por unanimidade, nesta quinta-feira (13/9), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF). Brunelli é pastor na Igreja Casa da Bênção, mas, desde que foi flagrado em ato de corrupção durante a gestão de José Roberto Arruda (PR), deixou o Distrito Federal e passou a atuar em São Paulo.

De acordo com o relator do caso, desembargador Héctor Valverde Santanna, Brunelli está com os direitos políticos suspensos por 10 anos, uma vez que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) o condenou por improbidade administrativa.

Segundo denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), ele recebeu, quando deputado distrital, o suposto mensalão durante o período de agosto de 2006 a novembro de 2009, para apoiar os interesses do então governador.

“A defesa disse a essa Corte que o processo será anulado, mas não consta qualquer decisão que reverta a suspensão dos direitos políticos dele. Não cabe a esta Corte mudar decisão de órgão colegiado que proferiu a decisão inicial”, afirmou o relator.

Brunelli terá mantido o nome na urna, mas suas atividades de campanha estão suspensas, assim como o acesso aos recursos do fundo partidário, até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dar a última palavra ou que o nome dele seja substituído nas urnas. Os efeitos foram aprovados pela maioria dos desembargadores.

A oração
Ao receber propina das mãos do delator do escândalo da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, Brunelli, acompanhado do ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente, “puxou” a chamada “oração da propina”, agradecendo pelo recolhimento dos valores.

Nela, Júnior Brunelli ora pela vida de Durval e pede proteção para o benfeitor do esquema e para os envolvidos no recebimento. “Sabemos que somos falhos, que somos imperfeitos, mas queremos agradecer aos santos que nos purificam. Olha, nós somos gratos pelo amigo Durval, que tem sido um instrumento de bênção para as nossas vidas e para esta cidade”, diz o pastor, filho do apóstolo Doriel de Oliveira, falecido em 2016.

 

Apesar de ser réu no caso que investiga desvios milionários durante a gestão do ex-governador José Roberto Arruda (PR), Brunelli foi preso por outro motivo: ficou 10 dias na cadeia, em 2012, pela Operação Hofini, suspeito de ter desviado R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares destinadas a idosos da Associação de Assistência Social Monte das Oliveiras (AMO).

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