Sete em cada dez brasilienses acham o governo de Rollemberg pior ou igual ao de Agnelo Queiroz
Pesquisa Metrópoles/Dados apontou que 78,8% dos eleitores no DF consideram a atual gestão pior ou igual à anterior. Dados também revelam que 95% da população desconhece o primeiro escalão do governo
atualizado
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Na sua opinião, o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) é melhor, pior ou igual ao de Agnelo Queiroz (PT)? Para 35,3% dos brasilienses, a atual gestão está pior que a anterior, que terminou com um dos piores números de aprovação do país.
O índice faz parte da pesquisa de opinião Metrópoles/Dados, realizada entre os dias 23 e 27 de outubro, que ouviu 1,2 mil pessoas nas principais regiões do Distrito Federal.Entre os entrevistados, 11,3% consideraram a administração Rollemberg melhor que a de seu antecessor e um total de 43,5% disse que os dois governos se equivalem.
De acordo com o levantamento, a maior parte dos que acham a gestão do socialista pior que a do petista tem baixa escolaridade (60%) e ganha até um salário-mínimo (44%).
Troca-troca não resolve
A pesquisa Metrópoles/Dados também aferiu como o brasiliense avaliou a recente reforma administrativa promovida pelo governador Rollemberg. Anunciada como uma medida estratégica do Executivo para diminuir gastos e melhorar a relação política com a Câmara, a iniciativa não convenceu o eleitor.
O conjunto de 83% dos brasilienses acredita que as mudanças no primeiro escalão não vão resolver os problemas da cidade. Para um grupo de 7,9% dos cidadãos, a iniciativa terá efeito positivo e outros 9,1% não souberam responder.
Governo de desconhecidos
O levantamento encomendado pelo Metrópoles revela que a população desconhece os gestores distritais. Para conferir a popularidade do primeiro escalão do governo, a pesquisa pediu aos entrevistados que citassem até três nomes de secretários de Rollemberg. Incríveis 95,3% das pessoas que participaram do levantamento não souberam dizer um nome.
Na fina fatia dos que citaram algum secretário do GDF, os dois mais conhecidos foram Thiago Andrade (Gestão do Território e Habitação) e Leila Barros (Esporte). Na recente reforma administrativa, Leila passou à secretária adjunta, já que sua pasta fundiu-se à da Educação. Mesmo quando conseguiam apontar um dos gestores de Rollemberg, muitos entrevistados não conseguiam lembrar os sobrenomes deles (veja gráfico).
Numa cidade que clama por uma administração consistente, a carência também parece ser de liderança política. De cada 10 entrevistados na pesquisa Metrópoles/Dados, seis não souberam dizer o nome do vice-governador. Um percentual de 18,7% dos participantes citaram outro nome e apenas 19,4% falaram em Renato Santana, que, aliás, exibe fôlego próprio de titular e não de substituto.
Metodologia
Entre 23 e 27 de outubro de 2015, a pesquisa ouviu pessoalmente 1,2 mil moradores do DF de quatro grandes regiões: Grande Plano Piloto (Asas Sul e Norte, Lagos Sul e Norte, Cruzeiro, Sudoeste-Octogonal, Park Way, Guará e Águas Claras), satélites tradicionais (Núcleo Bandeirante, Brazlândia, Planaltina, Sobradinho, Gama e Candangolândia), Taguatinga/Ceilândia (que inclui também Vicente Pires) e ex-assentamentos (Itapoã, Varjão, Paranoá, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Santa Maria, Estrutural, Fercal e Sobradinho II).
Os entrevistados tinham idades variadas, entre jovens e idosos. Participaram homens e mulheres em proporção semelhante. A margem de erro da pesquisa é de 2,8% e o intervalo de confiança, de 95%.