Seria absurdo falar em renúncia do presidente Temer agora, diz CNI
“Isso é coisa de uma oposição desestruturada, sem rumo e sem caminho, que não pensa no Brasil”, afirmou
atualizado
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, disse que é “absurdo” falar em renúncia do presidente Michel Temer neste momento. Depois de a delação de diretores da Odebrecht envolver nomes próximos ao presidente, a oposição passou a pedir que Temer renuncie ainda em 2016. “Isso é coisa de uma oposição desestruturada, sem rumo e sem caminho, que não pensa no Brasil”, afirmou Andrade.
O presidente da entidade disse acreditar que Temer terminará o mandato. Andrade disse que o pedido de Temer para que a Procuradoria Geral da República acelere as investigações foi “muito apropriado” e que os vazamentos aumentam a insegurança jurídica. “Hoje você vê uma delação e não sabe mais o que é verdade e o que não é. Você tem até medo de conversar com as pessoas”, completou.Pacote
Andrade disse que o pacote que o governo pretende lançar com medidas microeconômicas e de melhoria do ambiente de negócios pode ajudar a economia a se estabilizar, mas não deve surtir efeito no crescimento econômico. Ele listou medidas que a indústria espera serem contempladas pelo governo, como a abertura de linhas de crédito, a criação de programas de renegociação de dívidas para empresas e pessoas físicas e a desburocratização da exportação. “Essas questões deveriam estar no foco do governo”, acrescentou.
Crescimento
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta terça-feira (13/12), que o ano de 2017 será “duríssimo” para a indústria. A previsão da confederação é que a atividade volte a crescer a partir do segundo semestre e suba 0,5%. Andrade evitou fazer críticas ao atual governo, mas disse que o ajuste fiscal não está ajudando a economia a crescer e gerar emprego. “A única forma de fazer reequilíbrio fiscal é pelo gasto, não há espaço para mais carga tributária”, acrescentou.