Sem agenda oficial, Ibaneis vai à missa e se recolhe em casa
À reportagem, emedebista disse que “Rollemberg chegou ao ponto mais degradante de sua campanha”
atualizado
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A sete dias do segundo turno, o buritizável Ibaneis Rocha (MDB) preferiu se recolher em casa neste domingo (21/10) e fazer apenas uma reunião com sua equipe de campanha. “Fui à missa pela manhã para agradecer e pedir força nesta última semana”, disse. Por telefone, o emedebista rebateu as cutucadas de seu concorrente ao Palácio do Buriti, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
Durante caminhada na Feira do Guará, o socialista disse que o ex-presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) “procura confundir a população”, dizendo que o governo fechará o ano com o déficit de R$ 2,4 bilhões.
“O déficit existe, é só ele [Rollemberg] fazer as contas. Só fica jogando a culpa no passado em vez de resolver os problemas. Se eu ganhar, vou esquecer que ele existe e vou cumprir com as minhas promessas”, contra-atacou.
Conforme o Metrópoles mostrou em reportagem neste domingo, mesmo com a expressiva alta na arrecadação este ano, o político que tiver em mãos a chave do Palácio do Buriti a partir de 1° de janeiro de 2019 já entra na Casa com uma dívida de pelo menos R$ 600 milhões. A atual gestão reconheceu que não conseguirá fechar o mandato do socialista com as contas em dia. Assim, a falta de caixa para cobrir as despesas de 2018 deixa restos a pagar para a próxima gestão.
Embora a Executivo admita déficit de R$ 600 milhões, Ibaneis tem dito que o rombo nos cofres públicos será de R$ 2,4 bilhões. Segundo a equipe econômica do emedebista, Rollemberg deixou de prever, para 2018, restituições de tributos, restos a pagar, pagamento de licença-prêmio, reajustes e outras despesas, que devem aumentar ainda mais o desequilíbrio nas contas.
Pesquisas
Sobre a confiança do atual gestor, que acredita em uma vitória da virada no próximo dia 28 de outubro, Ibaneis disse que os institutos de pesquisas podem até errar “um pouco, mas que não iriam colocar seus nomes em risco omitindo ou burlando os levantamentos”. “Por que [Rollemberg] não registra essas pesquisas dele no TRE [Tribunal Eleitoral Regional do Distrito Federal]? Acho que o Rollemberg chegou ao ponto mais degradante de sua campanha falando essas coisas”, criticou.
O buritizável, que tem 75% nas intenções de votos, segundo levantamentos feitos pelo Datafolha e o Ibope na última semana, garantiu que nos próximos dias vai revelar seu apoio na corrida do Palácio do Planalto.
Ibaneis destacou que tem recebido um contato maior de pessoas ligadas ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Ele tem dito que espera uma sinalização do candidato sobre os projetos de Brasília. “Um deles está relacionado ao transporte por linha férrea de Luziânia ao DF, porque vamos precisar de recursos federais”, explicou.