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Secretários do GDF pedem esclarecimentos sobre decretão de exonerações

Ao verem suas estruturas com mão de obra reduzida, os gestores questionaram a ação. Novo decreto virá com nomeações

atualizado

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Secretários
1 de 1 Secretários - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

O decretão publicado no primeiro dia do governo de Ibaneis Rocha (MDB), o qual exonerou todos os comissionados – exceto cargos de livre provimento na Polícia Civil, Polícia Militar, no Corpo de Bombeiros Militar, na Casa Civil, Casa Militar, Procuradoria-Geral, Subsecretaria de Atos Oficiais, Defensoria Pública e no Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev) –, gerou dúvidas e insatisfações.

Nem os secretários nomeados pelo chefe do Executivo local entenderam o que aconteceu. Ao verem suas estruturas com mão de obra reduzida, os gestores questionaram a ação.

A reunião convocada para a tarde desta quarta-feira (2/1) na Residência Oficial de Águas Claras tinha como objetivo alinhar programas de governo, mas acabou sendo um grande evento de esclarecimento de dúvidas. Apesar de a presença do governador Ibaneis Rocha (MDB) ser esperada, ele declinou do compromisso por atrasos em agendas externas e foi substituído por seu vice, Paco Britto (Avante).

Os chefes das pastas queriam esclarecimentos a respeito das estruturas dos órgãos. Segundo Paco, os secretários defenderam a manutenção dos organogramas e alguns desejavam até aumentá-los. Porém, foi explicado que as nomeações ocorrerão aos poucos e priorizarão os concursados. “Não tem problema nenhum em querer nomear, desde que seja justificado. Vamos valorizar os concursados”, esclareceu o vice-governador.

Paco disse que poderá ser revisada a exoneração de pessoas em algumas áreas, como saúde, conselhos tutelares e Fundação Jardim Zoológico de Brasília. Ele, contudo, lembrou que o plano é reduzir em 30% os cargos comissionados.

Neste primeiro dia de trabalho, os técnicos continuaram no serviço, de acordo com Paco. “Inclusive, cheguei na Vice-Governadoria e tinha mais de meia dúzia de pessoas trabalhando. Eu perguntei se eram técnicos, concursados ou se eram CNE [Cargos de Natureza Especial]. Alguns disseram que eram CNE, e eu disse que isso não pode, mas os outros vamos adequar. Só porque estavam no governo [Rodrigo] Rollemberg, Agnelo [Queiroz, do PT] ou o que for, e são técnicos, por que serão demitidos?”, reforçou.

Outra discussão desta quarta (2) foi a respeito do local onde ficarão as secretarias. Todos os gestores querem ficar próximos ao Palácio do Buriti, mas não há espaço suficiente no anexo palaciano, segundo Paco. O vice-governador, entretanto, disse que o objetivo é reduzir gastos e, caso seja necessário, todos precisarão se adequar a um lugar menor. “Em vez de ter 200m ou 300m, que caiam para 120m ou 130m. Se vai reduzir pessoal, para que tanta sala?”, pontuou.

Senhas
Alguns servidores reclamaram de não conseguirem acessar o Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo) no primeiro dia útil de 2019, já com um novo patrão. Surgiu até boato de que os salários poderiam atrasar.

A equipe do governador Ibaneis explicou ao Metrópoles que as senhas serão distribuídas até esta quinta-feira (3/1) e é de praxe alterá-las após troca de governo. Sobre os salários, garantiu que estarão nas contas. A folha de pagamento, inclusive, já rodou, de acordo com a assessoria.

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