Secretaria de Segurança investiga servidora que incita ocupação da UnB
No Facebook, Thaynara Melo, que é filiada ao PSB de Rollemberg, encoraja alunos a ocuparem a universidade. SSP apura conduta da comissionada
atualizado
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Uma servidora da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social que é filiada ao PSB Jovem — partido de Rodrigo Rollemberg — tem ajudado a aumentar a dor de cabeça tanto da titular da pasta em que trabalha quanto do governador. Thaynara Melo Rodrigues divide seu tempo entre o cargo comissionado e o ativismo político na ocupação de instituições de ensino do DF. Agora, é alvo de investigação. A pasta passou a apurar a conduta da moça na segunda-feira (14/11).
Thaynara, que representa o partido na União Nacional dos Estudantes (UNE), integra o governo do socialista desde janeiro de 2015, quando foi lotada na Casa Civil. Em julho deste ano, acabou transferida para a assessoria de comunicação da SSP. Em 18 de agosto, a jovem passou a chefiar a Coordenação de Articulação Institucional, da Subsecretaria de Segurança Cidadã, onde atua em “programas de mediação de conflito nas escolas públicas”, segundo ela mesmo definiu no Facebook, em postagem publicada nesta terça-feira (15).
No entanto, em vez da “mediação de conflito nas escolas públicas”, Thaynara estimula os movimentos que o GDF tenta esvaziar. Nas últimas semanas, por exemplo, a servidora tem participado ativamente da ocupação da Universidade de Brasília (UnB), iniciada em 31 de outubro.
Em 9 de novembro, ela publicou um vídeo feito na UnB, no qual defende o movimento e fala sobre a proposta de emenda à Constituição que limita os gastos públicos. A contrariedade em relação à PEC do Teto é um dos argumentos utilizados pelos jovens para ocupar as instituições de ensino em todo o país.
Servidora nega participação em ocupação
Procurada pelo Metrópoles, a servidora negou que tenha ajudado a coordenar a ocupação na UnB. “Eu não estava presente na assembleia geral de estudantes que decidiu pela ocupação nem no momento em que o prédio da reitoria foi ocupado. Então, não posso ser considerada uma coordenadora do movimento”, ressaltou.
Por meio da assessoria de comunicação, a SSP afirmou que “o caso referente à servidora já se encontra em apuração desde segunda-feira (14)”.