metropoles.com

Saiba o que farão políticos do DF que não conseguiram novo mandato

Nomes tradicionais e conhecidos dos brasilienses antecipam o que pretendem fazer em 2019 após terem sido reprovados nas urnas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Eleitor votando
1 de 1 Eleitor votando - Foto: Divulgação

Ano novo, vida nova: a tradicional expressão cairá como uma luva para conhecidos personagens da cena política local. Com o resultado das eleições, a vida de várias figuras conhecidas do Distrito Federal ganhará uma reviravolta a partir do dia 1º de janeiro. Derrotados nas eleições e com tradição em ocupar cargos públicos, os políticos começam 2019 com a rotina completamente diferente daquela que vinham mantendo até então nos gabinetes oficiais.

O atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é um dos principais exemplos. Depois de deixar a cadeira no Senado Federal para se tornar chefe do Executivo, o político ficará sem mandato algum pelos próximos quatro anos. Sem compromissos oficiais, o socialista deve retornar ao Senado, onde é servidor público do quadro. Com a vitória de Leila do Vôlei para uma das cadeiras do DF na Casa, cresceu na cidade a especulação de que o atual gestor seja abrigado no gabinete da ex-atleta.

Da mesma forma, o vice-governador Renato Santana (PSD) é servidor concursado, mas do próprio GDF. Candidato derrotado à Câmara dos Deputados, o pessedista ficará lotado na Defensoria Pública do Distrito Federal e já se prepara para retomar as funções administrativas. “Paguei o preço de ser vice do Rollemberg, mas não me arrependo de nada. Tudo aquilo que eu anunciava há três anos aconteceu. E todos que foram eleitos na chapa do Rollemberg tiveram o mesmo fim nestas eleições”, disse.

Mesmo sem seguranças e o protocolo do cargo de número dois do Palácio do Buriti a partir do ano que vem, Santana garante que continuará trabalhando pela comunidade. “Tem gente que só consegue trabalhar se tiver mandato. Mas tem gente que trabalha sempre. Essa é a minha visão e minha decisão”, afirmou.

Correligionário do atual vice-governador, o deputado federal Rogério Rosso (PSD) também ficará de fora dos quadros oficiais de mandatários do Distrito Federal. O pessedista concorreu ao Palácio do Buriti e alcançou o terceiro lugar na corrida governamental. Sem mandato a partir de fevereiro, Rosso tem planos de fortalecer a regional partidária, presidida por ele, e ainda contribuir para o bom desempenho do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Minha atribuição agora será me dedicar integralmente ao meu partido e às bandeiras que defendemos. Quero também contribuir de alguma forma para o sucesso do futuro presidente, e o PSD fará o que for possível para que isso realmente aconteça”, comentou Rosso à reportagem.

Da mesma forma derrotado na corrida pelo Palácio do Buriti, o deputado federal Alberto Fraga (DEM) permanecerá no mandato até fevereiro do ano que vem. Coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública no Congresso, o democrata é um dos principais aliados do presidente eleito no Distrito Federal e chegou a ter o nome ventilado para integrar a futura equipe ministerial.

Por ter sido condenado em setembro, em primeira instância, por recebimento de propina enquanto ocupava a Secretaria de Transportes no governo Arruda, Fraga teve o nome descartado pelo pesselista. Contudo, garante que, mesmo sem cargos oficiais, vai trabalhar para ver implantadas as bandeiras defendidas por Bolsonaro. “Não preciso ser ministro para contribuir. Nunca nem disse que seria. Meu papel agora é de ajudar o nosso futuro presidente.”

22 imagens
Também servidor público, o vice-governador Renato Santana retornará ao GDF, com lotação na Defensoria Pública
Rogério Rosso encerrará o mandato em fevereiro do ano que vem como deputado federal e quer se dedicar ao fortalecimento do PSD
Alberto Fraga: derrotado ao Buriti, tem o nome ventilado para trabalhar com Bolsonaro
Cristovam foi um dos criadores do Bolsa Escola, depois rebatizado de Bolsa Família
Procurador de carreira, Chico Leite terá de se reapresentar ao MPDFT a partir de janeiro
1 de 22

Servidor do Senado Federal, Rollemberg pode ter de se reapresentar ao órgão de origem

Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
2 de 22

Também servidor público, o vice-governador Renato Santana retornará ao GDF, com lotação na Defensoria Pública

Igo Estrela / Metrópoles
3 de 22

Rogério Rosso encerrará o mandato em fevereiro do ano que vem como deputado federal e quer se dedicar ao fortalecimento do PSD

JP Rodrigues/ Especial Para Metropoles
4 de 22

Alberto Fraga: derrotado ao Buriti, tem o nome ventilado para trabalhar com Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 22

Cristovam foi um dos criadores do Bolsa Escola, depois rebatizado de Bolsa Família

Rafaela Felicciano/Metrópoles
6 de 22

Procurador de carreira, Chico Leite terá de se reapresentar ao MPDFT a partir de janeiro

Acervo CLDF
7 de 22

Também derrotado ao Senado, Wasny de Roure garante que permanecerá ativo na defesa de interesses da comunidade

Rafaela Felicciano/Metrópoles
8 de 22

Bancário aposentado, Augusto Carvalho ficou fora da próxima bancada da Câmara dos Deputados

Arquivo pessoal/Reprodução
9 de 22

Um dos principais aliados do futuro governador Ibaneis Rocha, Roney Nemer deve participar da nova gestão como conselheiro informal

Michael Melo/Metrópoles
10 de 22

Laerte Bessa

Igo Estrela/Metrópoles
11 de 22

Atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca não quis enfrentar a campanha para a reeleição

Gabriel Pereira/Metrópoles
12 de 22

Cristiano Araújo ficou de fora da próxima CLDF e deve investir na participação, mesmo que informal, no governo Ibaneis

Michael Melo/Metrópoles
13 de 22

Também não reeleito, Bispo Renato ficará de fora no Legislativo em 2019

Rafaela Felicciano/Metrópoles
14 de 22

Servidor da Secretaria de Saúde, Juarezão não foi reeleito para a CLDF e não deve participar do próximo governo

Facebook/Reprodução
15 de 22

Lira encerrará o primeiro mandato no dia 31 de dezembro

Bruno Pimentel/Metrópoles
16 de 22

Principal aliada de Rollemberg, Luzia de Paula também não conseguiu renovar o mandato

Michael Melo/Metrópoles
17 de 22

Aposentado da AGU, Raimundo Ribeiro é do MDB e pode ter participação no governo Ibaneis

Rafaela Felicciano/Metrópoles
18 de 22

Ricardo Vale foi derrotado no projeto de renovação de mandato

Michael Melo/Metrópoles
19 de 22

Sem conseguir reeleição, Sandra Faraj tem se aproximado do futuro governador

Michael Melo/Metrópoles
20 de 22

Aliado de Ibaneis e com votação expressiva, Wellington Luiz deve ser contemplado no novo governo local

Michael Melo/Metrópoles
21 de 22

Liliane Roriz

Rafaela Felicciano/Metrópoles
22 de 22

Da mesma forma, o presidente da CLDF, Joe Valle, não concorreu neste ano e retomará a carreira empresarial

Michael Melo/Metrópoles

 

De volta ao MP
Candidato derrotado ao Senado Federal, o deputado distrital Chico Leite (Rede) é um dos mais veteranos parlamentares da Câmara Legislativa. Integrante da Casa desde 2003, pela primeira vez desde então, o jurista ficará sem mandato efetivo. Por ser concursado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), é para o órgão que o parlamentar se prepara para retornar a partir de 1º de janeiro.

“Sou procurador de Justiça e minha sala sempre esteve lá. Agora, voltarei para o Ministério Público até que saia a minha aposentadoria. Estarei trabalhando pela cidade, mas de outro local. Eu tenho compromisso com o que acredito e com a melhoria do Distrito Federal”, disse.

Também derrotado na corrida pelo Senado, Cristovam Buarque (PPS) tentava a reeleição para o cargo que ocupou por 16 anos. Terceiro lugar na disputa, o ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) nutre planos para estar mais próximo de familiares e se dedicar à redação de livros, os quais classifica como uma de suas grandes paixões. “Estudo aceitar convites de universidades para morar em Londres ou na China. Mas o que quero mesmo é ficar com meus netinhos e escrever meus livros”, completou.

Eleito deputado distrital pela primeira vez em 1990, Wasny de Roure (PT) é considerado por muitos como o decano da Câmara Legislativa. Parlamentar atuante no Legislativo local, o petista ficará de fora da Casa a partir de janeiro, por ter sido derrotado na disputa por uma vaga ao Senado Federal. Apesar disso, garante que manterá o trabalho de fiscalizar o bom uso dos recursos públicos.

“Temos compromisso com a cidade, independentemente de ter mandato. É claro que ter o respaldo dos eleitores acaba sendo uma ferramenta que potencializa o nosso trabalho. Porém, quando se tem problemas como os das nossas cidades, temos de continuar fiscalizando os pontos que são de interesse da população. Pretendo continuar atento a tudo durante os próximos anos”, assegurou.

Fora da CLDF e do Congresso
Na Câmara dos Deputados, apenas Erika Kokay (PT) manteve o mandato. Augusto Carvalho (SD),  Roney Nemer (PP), Laerte Bessa (PR), Ronaldo Fonseca (sem partido), além de Fraga e Rosso, ficarão fora dos mandatos federais. Roney, Bessa e Augusto tendem a permanecer na política, mesmo sem mandato.

O progressista não deve assumir cargos públicos por responder a processo no episódio conhecido como Caixa de Pandora, fato que o impediu de concorrer a um novo mandato. Bessa chegou a ter o nome ventilado para ocupar uma pasta no futuro governo Ibaneis Rocha (MDB), mas não há confirmação oficial da equipe emedebista. Da mesma forma, Carvalho aguarda uma sinalização do novo gestor para integrar o próximo governo.

Dos atuais 24 deputados distritais, apenas oito conseguiram se reeleger – uma renovação de 66%. Nomes com tradição na Casa, como Cristiano Araújo (PSD), ficaram de fora do próximo mandato.

Nove parlamentares não conquistaram votos suficientes para permanecer na CLDF: Bispo Renato Andrade (PR), Cristiano Araújo (PSD), Juarezão (PSB), Lira (PHS), Luzia de Paula (PSB), Raimundo Ribeiro (PPS), Ricardo Vale (PT), Sandra Faraj (PR) e Wellington Luiz (MDB).

Outros distritais disputaram cargos diferentes. Celina Leão (PP), Julio Cesar (PRB) e Professor Israel (PV) foram eleitos para a Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), e Liliane Roriz (Pros) não concorreram nas Eleições 2018.

Joe retomará a vida empresarial: a família dele é dona da Fazenda Malunga, que investe na produção agrícola do DF. Liliane estava inelegível devido a condenação por compra de votos na Justiça Eleitoral. Mesmo com recurso pendente de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a distrital decidiu não disputar cargo eletivo em 2018.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?