Rosso promete triplicar verba para pecúnias atrasadas de servidores
Atualmente, o GDF desembolsa cerca de R$ 11 milhões mensais para pagar o benefício, alguns atrasados desde 2016
atualizado
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Em reunião com os servidores da Saúde nesta segunda-feira (10/9), o candidato ao Palácio do Buriti Rogério Rosso (PSD) afirmou que, se for eleito, irá “honrar os compromissos que o governador [Rollemberg] não honrou” e triplicar a verba para o pagamento das pecúnias dos aposentados, referentes a 2016, 2017 e 2018. Atualmente, o GDF desembolsa cerca de R$ 11 milhões mensais.
Após a troca de farpas na sexta-feira (7), o buritizável voltou a atacar o titular do Executivo local. “Não deve fazer bem a ele [Rollemberg] ir para a cama dormir sabendo de uma situação dessa”, disse ao se referir ao atraso das pecúnias. Na opinião do postulante pessedista, o governador “está com medo” e quer denegrir a campanha do adversário.
Desde 2015, os aposentados enfrentam uma batalha judicial para receber as pecúnias. Ao todo, o governo deve R$ 500 milhões em licenças-prêmio não gozadas, apesar de a legislação prever o pagamento em até 60 dias após o pedido de baixa do serviço público.
A Licença-Prêmio por Assiduidade (LPA) é um benefício que permite ao servidor público do Distrito Federal usufruir três meses de licença remunerada a cada cinco anos trabalhados. Se o período não for gozado, é possível a conversão em pecúnia ao pedir a aposentadoria.
Em 2007, logo no início da gestão, o então governador José Roberto Arruda (PR) encaminhou à Câmara Legislativa mensagem com o intuito de modificar o benefício. Na época, Arruda tentava converter a LPA em licença específica para frequentar curso de capacitação profissional. Pela pressão de servidores, o projeto não ganhou adesão dos distritais à época.
Em setembro de 2015, em seu primeiro ano de governo, Rollemberg anunciou a intenção de alterar a legislação para evitar a conversão, em dinheiro, das licenças não gozadas. Com a impopularidade da notícia, a equipe econômica recuou.
Importância do serviço público
O candidato do PSD também fez um balanço sobre a situação geral do serviço público no DF. “Uma das menores rendas da história do serviço público daqui se reflete em um dos maiores índices de desemprego. O setor público para Brasília é tão importante quanto a indústria é para São Paulo. Os dois [público e privado] têm que caminhar juntos”, afirmou.
O encontro ocorreu na sede do partido, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), e teve a presença do candidato a deputado federal Júlio César (PRB). Rosso também se reuniu com o Sindicato dos Especialistas na Saúde (Sindes), a Associação dos Especialistas na Saúde (AES-DF) e com o Sindicato dos Servidores Sócio Educativos (Sindsse-DF).