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Rosso é escolhido pré-candidato ao GDF da terceira via

O cargo de vice será reservado para o PSDB, embora o presidente da legenda no DF, Izalci Lucas, não tenha demonstrado interesse

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Rogerio rosso 1
1 de 1 Rogerio rosso 1 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Depois de lançar e reafirmar o nome do deputado federal Izalci Lucas (PSDB) como cabeça de chapa, o grupo intitulado terceira via mudou o barco de direção e optou pelo também federal Rogério Rosso (PSD) para liderar a corrida ao Palácio do Buriti. O nome para disputar como pré-candidato a vice ainda não está escolhido. A vaga fica em aberto para um postulante do PSDB, embora Izalci não tenha demonstrado interesse em ocupá-la.

Se ninguém do PSDB se manifestar, o posto de vice ficará com o PRB. O nome cotado na reunião desta quinta-feira (19/7) é o do pastor Egmar Tavares (PRB), irmão do presidente do partido no Distrito Federal, Wanderley Tavares.

O senador Cristovam Buarque (PPS) se mantém como pré-candidato a reeleição. Ele foi responsável por ser o interlocutor do grupo – integrado pelo PSDB, PRB, PSD, DC, PPS e PSC – na decisão.

É como se tivéssemos feito uma prévia sem cédula. Todo mundo foi se manifestando a favor do Rosso. O Izalci foi o único que se manifestou diferente. Nós insistimos para ele ser vice, e ele não aceitou

Senador Cristovam Buarque, um dos coordenadores da terceira via

Segundo Cristovam, Rogério Rosso não pleiteou a vaga, mas o entendimento do grupo é que ele agrega mais aliados à campanha. Ao Metrópoles, o parlamentar se disse honrado com a indicação, mas que ainda vai analisar se aceita ser o candidato do grupo ao Palácio do Buriti. “Vou utilizar as próximas horas para consultar minha família, meus apoiadores, meus amigos e o presidente nacional do meu partido, ministro Gilberto Kassab, para decidir sobre meu posicionamento final”, disse.

Confira abaixo a íntegra da nota expedida pelo deputado federal:

“Recebi na noite desta quinta-feira (19/7), comunicado da nossa coligação apontando que, por maioria absoluta dos partidos de nossa aliança, meu nome foi indicado para concorrer como governador do DF nas eleições gerais de 2018.

Tenho procurado manter a unidade do nosso grupo e dialogado à exaustão para que sempre prevaleça o entendimento e a harmonia entre os partidos de nossa aliança, mantendo inclusive o diálogo com outras coligações no campo da oposição ao atual governo de Brasília. Digo sempre que o que está em jogo é o resgate do DF e, acima de tudo, o compromisso que todos devemos ter com as famílias.

Vou utilizar as próximas horas para consultar minha família, meus apoiadores, meus amigos e o presidente nacional do meu partido, ministro Gilberto Kassab, para decidir sobre meu posicionamento final.

Que Deus nos dê serenidade e abençoe o Distrito Federal.

Rosso”

 

Indefinição de Frejat motivou troca
A mudança do cabeça de chapa da terceira via ocorreu após o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), desistir da disputa ao Governo do Distrito Federal (GDF). O político lidera o último levantamento de intenções de voto, divulgado pelo Instituto Paraná Pesquisas, e já admite a possibilidade de rever sua decisão e voltar à disputa pela sucessão no Palácio do Buriti.

Desde que foi anunciado como o pré-candidato da coalizão, em 18 de maio, Izalci Lucas veio perdendo espaço. O parlamentar enfrenta processos na Justiça questionando sua permanência à frente do PSDB-DF. Ele foi alçado ao cargo de presidente regional da legenda por meio de intervenção da direção nacional, comandada pelo presidenciável tucano, Geraldo Alckmin. Vários integrantes do tucanato local cobram a realização de eleições para escolher o comandante regional da sigla.

Conheça
Rogério Rosso tem 49 anos. Fã de rock e heavy metal, é deputado federal e presidente do PSD-DF. Entre abril e dezembro de 2010, Rosso foi governador-tampão do Distrito Federal, após a prisão do então governador, José Roberto Arruda (PR), e o vice, Paulo Octávio (PP), renunciar em meio ao escândalo da Operação Caixa de Pandora.

Carioca, mudou-se para Brasília ainda quando criança. Viveu na Asa Sul com a família, de classe média, e estudou em escolas públicas da capital. É formado em direito, com especialização em marketing e direito tributário. Antes de entrar para a política, foi executivo nas empresas Mercedes-Benz, Catterpilar e Fiat.

Já o possível pré-candidato a vice Egmar Tavares, 50 anos, concorreu a deputado distrital nas eleições de 2014 como Pastor Egmar. Recebeu 13.635 votos, ficou na 26ª colocação e não se elegeu. Natural de Presidente Olegário (MG), ele agrega votos da Igreja Universal do Reino de Deus e da Assembleia de Deus.

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