Rôney Nemer presta depoimento no STF e nega, mais uma vez, ter recebido dinheiro de Durval Barbosa
PF interceptou conversa entre Durval Barbosa, Arruda e José Geraldo Maciel em que citam o nome do deputado federal brasiliense
atualizado
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Por ter foro privilegiado, o deputado federal Rôney Nemer (PMDB-DF) prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante aproximadamente quatro horas na tarde desta sexta-feira (19/2). Nemer também é um dos réus na ação penal que apura indícios do pagamento de mensalidade no governo de José Roberto Arruda. O caso ficou conhecido como Mensalão do DEM e Caixa de Pandora, que é o nome da operação deflagrada pela Polícia Federal, que prendeu o próprio Arruda em fevereiro de 2010.
Durante uma conversa interceptada por escuta telefônica da Polícia Federal entre o delator do esquema, Durval Barbosa, Arruda e José Geraldo Maciel, ex-chefe da Casa Civil, o nome de Rôney Nemer é citado.Nemer deixou o Anexo 2-A do Supremo por volta das 18h30 acompanhado de assessores. Ele disse que tornou a negar a participação no esquema de corrupção, que funcionou de 2006 a 2009. “Não recebi nenhum dinheiro. A própria testemunha afirmou nesta mesma audiência que não meu viu pegar dinheiro nenhum”, alegou.
O deputado estava de terno, mas calçava sandália no pé direito. Ele contou que pegou uma infecção no tornozelo e está tratando dela. Bem-humorado, Nemer não se importou em ser fotografado na parte enferma do corpo.
Parte do processo da Caixa de Pandora está concentrada na 7ª Vara Criminal de Brasília. São 19 réus, e as audiências estão sendo realizadas no auditório do Fórum
Desembargador Joaquim de Souza Neto, conhecido como Fórum Verde.
Também prestaram depoimento nesta sexta (19) Eduardo Jorge de Paula, Eduardo Miranda Melis, Irio Depieri e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli. Ele disse que foi convidado pela defesa de Nemer, mas preferiu não falar sobre o teor do seu depoimento.