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Rollemberg sofre a maior derrota da história dos segundos turnos no DF

Até hoje, apenas as eleições de 1990 e de 2006 foram definidas no 1º turno. As outras, marcadas por disputas acirradas

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Rollemberg rejeição
1 de 1 Rollemberg rejeição - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Derrotado nesse domingo (28/10), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) foi o candidato que teve a maior diferença de votos em um 2º turno da história política do Distrito Federal. O socialista recebeu 451.329 votos (30,21%), contra 1.042.574 (69,79%) confiados a Ibaneis Rocha (MDB) – diferença de 591.2018 sufrágios, ou 39,59% entre os dois finalistas na corrida ao Palácio do Buriti.

Historicamente, as disputas ao GDF terminaram quase sempre com uma “final”. Desde que o governador da capital federal passou a ser escolhido por voto, apenas em duas ocasiões a peleja foi resolvida na primeira fase: Joaquim Roriz, em 1990; e José Roberto Arruda (PR), em 2006. Nos demais seis pleitos, as eleições foram prolongadas. A maior discrepância, até então, havia ocorrido em 2010, quando Agnelo Queiroz (PT) derrotou Weslian Roriz por 66,10% a 33,90% .

Quando conquistou a vaga no segundo turno com o então líder de votos, Ibaneis Rocha, Rollemberg se tornou o primeiro dos buritizáveis a chegar à fase final com números tão díspares. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o emedebista arrebanhou 634.008 votos, correspondente a 41,97% dos votos válidos. Logo atrás, o atual governador teve a preferência de 210.510 pessoas, ou 13,94% do total de válidos – praticamente um terço do índice alcançado pelo adversário.

Arte / Metrópoles

Histórico de duelos
Tradicionalmente, as disputas ao GDF foram competidas entre os azuis (do grupo de Joaquim Roriz) e os vermelhos (representados pelo PT). Na primeira eleição, em 1990, a chamada direita venceu o petista Carlos Saraiva sem a necessidade de segundo turno – com o placar de 73,24% a 26,76% dos votos válidos.

Como ainda não havia reeleição, em 1994, Roriz indicou Valmir Campelo (na época pelo PTB) para disputar com o então desconhecido Cristovam Buarque. O segundo turno foi iniciado com uma diferença de pouco mais de 2% entre os concorrentes, com vantagem ao ex-petebista. O então petista, contudo, virou e venceu com 53,89% dos votos válidos.

Ao tentar a reeleição contra o próprio Roriz, Cristovam não teve a mesma sorte. Chegou a fechar o resultado do primeiro turno na frente do emedebista, mas Roriz tomou a liderança com 51,74% e venceu Cristovam, que teve 48,26%.

Em 2002, Geraldo Magela (PT) tentou evitar, sem sucesso, a reeleição de Roriz, que venceu nos dois turnos, com resultado final apertado de 50,62% a 49,38%.

Escândalos
Em 2006, Roriz indicou sua então vice, Maria de Lourdes Abadia (PSB), para concorrer ao GDF, mas viu José Roberto Arruda (PR) vencer no primeiro turno, com 50,38% dos votos válidos. Três anos depois, Arruda foi obrigado a deixar o cargo após figurar na Operação Caixa de Pandora em um dos maiores escândalos de corrupção do Distrito Federal.

A crise política abriu caminho para Agnelo Queiroz (PT) nas eleições de 2010. Impedido pela Lei da Ficha Limpa de concorrer ao Palácio do Buriti, devido ao caso conhecido como Bezerra de Ouro, Roriz escolheu a mulher, Weslian, para substituí-lo na disputa. O petista manteve a liderança nos dois turnos, vencendo por 66,10% a 33,90%.

Com alta rejeição, Agnelo não conseguiu sair vitorioso e chegou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições de 2014. Rodrigo Rollemberg (PSB) foi para a “final” com Jofran Frejat registrando liderança de pouco mais de 17 pontos percentuais. Apesar de a diferença ter sido reduzida no segundo turno, o atual gestor do GDF foi eleito com 55,56%. O petista registrou 44,44%.

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