Rollemberg, sobre secretária que o criticou: “Até tinha me afeiçoado”
Ludmila de Faro pediu exoneração após coluna Grande Angular, do Metrópoles, revelar áudio em que ela chamava o político de “pior dos piores”
atualizado
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O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) declarou, durante compromisso público nesta quarta-feira (13/12), que “até tinha se afeiçoado” à Ludmila de Faro, a tucana que desistiu da posse como secretária de Trabalho (Sedestmidh) horas após ser nomeada. Na tarde de terça (12/12), a coluna Grande Angular, do Metrópoles, revelou, em primeira mão, áudio em que ela chamava o político de “o pior dos piores”. À noite, a ex-integrante do primeiro escalão pediu exoneração.
Segundo o chefe do Executivo local, Ludmila afirmou que “reconhecia a seriedade do governo, torcia pelo sucesso, mas, em função da revelação dos áudios, se sentia constrangida de continuar” no comando da Pasta.
Áudio
As duras críticas foram feitas por Ludmila, em outubro passado, durante discurso para uma plateia de tucanos. Na época, a recém-exonerada encontrava-se alinhada ao presidente do PSDB local, Izalci Lucas. Ao longo de 4’27”, Ludmila enalteceu o trabalho do partido em que atua e ao qual é filiada. Falou ainda que a legenda estava “incomodando essa cidade”. “Eu quero saber quem é o candidato, quem é o partido que tem um projeto para Brasília?”
Ouça as duras críticas de Ludmila ao governador a partir de 2’10’’ e 3’40’’:
Além do vazamento do áudio, a ex-secretária enfrentou protestos por sua nomeação e a de outros colegas tucanos para a Pasta. Com a exoneração de Ludmila, Marlene de Fátima Azevedo retoma a titularidade da Sedestmidh, cargo que ocupava interinamente antes de Rollemberg chamar a tucana para compor o primeiro escalão do Executivo.
Os servidores, que na terça fizeram uma paralisação por conta das nomeações dos tucanos, voltaram ao trabalho. Eles vão pedir reunião com o governador. Há quem defenda a efetivação de Marlene. “É o nome de todo mundo, está na Casa há 30 anos”, disse um deles.
Além de trazer de volta Marlene Azevedo, o governo chamou outros três servidores que tinham sido exonerados nesta semana.