metropoles.com

Rollemberg fatia “emenda do Iprev” para investir em obras e contratar servidores em ano eleitoral

Medida fortalecerá o caixa do GDF com R$ 1,3 bilhão. Os dois projetos precisam ser aprovados pela Câmara Legislativa dia 15

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Felipe Menezes/Metrópoles
Iprev
1 de 1 Iprev - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Nomeação de novos servidores e investimentos na Saúde, Educação e em mobilidade urbana. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) explicou nesta quinta-feira (11/1) como pretende utilizar os recursos que virão da chamada “emenda do Iprev”, caso os deputados distritais aprovem a proposta do Executivo no próximo dia 15. Ao todo, com aditivos oriundos de outros recursos, o governo vai investir R$ 1,5 bilhão em contratações e obras. Em ano eleitoral, essa quantia pode fazer a diferença na hora de os políticos testarem o prestígio nas urnas.

Para não ferir a legislação e correr o risco de ter as medidas contestadas por inconstitucionalidade, o GDF dividiu a proposta em dois novos projetos de lei que alteram o orçamento aprovado pela Câmara Legislativa em dezembro do ano passado. Além disso, o uso dos recursos do Iprev para pagamento de pessoal era um dos argumentos utilizados pela oposição para não aprovar a medida. As alterações serão enviadas ainda nesta quinta aos distritais, que vão precisar mergulhar no assunto durante o fim de semana.

Do montante, R$ 123 milhões serão para nomeações de novos servidores. Segundo o GDF, a maioria será para as áreas de Saúde e Educação. Dentro do valor bilionário, o governo pretende destinar R$ 407 milhões para investimentos na Saúde e R$ 298 milhões para a Educação. A área de mobilidade urbana, por exemplo, vai dispor R$ 148 milhões.

O Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev) entrará com R$ 1,3 bilhão, enquanto R$ 231 milhões serão destinados por depósitos judiciais previstos em decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Para que o plano dê certo, no entanto, o GDF precisa do aval dos deputados distritais, que enxergam na votação a chance de barganha para conseguirem a liberação de verbas para emendas parlamentares.

Segundo o GDF, trata-se de um recurso economizado com a reforma da previdência aprovada pela Câmara Legislativa no ano passado. Com isso, o governo deixou de repassar R$ 170 milhões ao fundo.

Veja quais as áreas que receberão os recursos, segundo o GDF:

Reprodução

 

 

A discussão sobre a emenda ao Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) se arrasta desde dezembro. À época, os distritais discordaram do texto, que previa até casamentos comunitários com o dinheiro. De férias e recém-operada, a secretária de Planejamento Leany Lemos participou da coletiva por considerar “um projeto muito importante para o governo”.

Segundo as primeiras avaliações, a divisão em dois projetos foi a forma que o Palácio do Buriti encontrou para destinar parte dos recursos ao pagamento de pessoal, como a contratação de médicos. Facilitaria, ainda, atender pedido dos parlamentares, que estariam condicionando a aprovação da proposta à liberação de emendas.

A presidência da Câmara iniciou um trabalho, na terça (9), para tentar garantir que sejam atendidas demandas feitas pela população durante o programa Câmara em Movimento. A iniciativa leva deputados às Regiões Administrativas, para ouvir as necessidades de cada localidade. Na avaliação dos distritais, cumprir promessas feitas in loco à população terá valor inestimável na disputa eleitoral de outubro.

Indisposição
Da primeira vez em que a emenda foi rejeitada, o Governo do Distrito Federal considerou a medida um grave equívoco político e administrativo”, o qual prejudicava diretamente a população. Afirmou ainda que a atitude dos parlamentares tinha “desejos eleitorais inconfessáveis”.

Na ocasião, o Executivo local disse que o corte atingiria R$ 127 milhões para a contratação de servidores, prejudicaria a entrega de 202 leitos infantis no Hospital da Criança, comprometeria reforma em escolas e impediria a construção de 500 abrigos de ônibus.

A declaração provocou forte desconforto entre os parlamentares, que alegaram não ter votado a medida porque o GDF quebrou o rito da Casa, mandando a proposta sem tempo hábil para votação. Dias depois, após acordo no Colégio de Líderes, a análise da emenda ficou marcada para 15 de janeiro, em sessão extraordinária.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?