Rollemberg exonera presidente da TCB após denúncia de coação eleitoral
Servidores da empresa eram obrigados a colar adesivos em apoio ao ex-presidente do órgão e pré-candidato a distrital André Brandão
atualizado
Compartilhar notícia
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) demitiu o presidente da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), Flávio Henrique da Costa (na foto em destaque, à direita), após denúncias de que ele estaria cometendo assédio a servidores em favor do ex-presidente da empresa e pré-candidato a deputado distrital pelo partido Podemos André Brandão (na foto em destaque, à esquerda).
Servidores da estatal disseram ter sido obrigados a colar adesivos de apoio a Brandão em seus carros. Segundo a denúncia, quem se recusasse a usar o decalque era ameaçado de exoneração. O Ministério Público Eleitoral (MPE) investigará o caso e, se confirmada a irregularidade, Brandão pode ser multado e até ter a eventual candidatura cassada.Ao Metrópoles, o ex-presidente da TCB negou o assédio eleitoral. “Desafio alguém a mostrar eu fazendo algum achaque. Isso é mentira. Está ocorrendo briga interna política lá e [há] algumas pessoas querendo procurar assuntos”, rebateu André Brandão. Segundo ele, as mudanças estruturais na empresa teriam ocasionado a denúncia.
Pela manhã, o atual presidente, Flávio Henrique Costa, afirmou acreditar que o caso pode ter sido motivado por perseguição e informou não ter recebido qualquer notificação sobre a acusação.
“Assumi a TCB em 11 de abril, e é normal que modificações sejam feitas na equipe, em prol de resultados e pelo perfil dos cargos. Parece que houve insatisfação de algumas pessoas. Tinha gente ali que estava ocupando cargo comissionado havia 18 anos, alguns sem capacidade técnica. As trocas são inerentes”, defende Flávio Costa.
A TCB ressaltou que “qualquer irregularidade, se confirmada, acarretará o afastamento imediato do envolvido, que pode responder pelas ações que lhe forem imputadas”.
A exoneração deve ser publicada na edição do Diário Oficial desta quinta-feira (21/6). Até a última atualização desta reportagem, o Governo do Distrito Federal (GDF) não havia anunciado o substituto.