Raquel Dodge cria força-tarefa para apurar desvios no Mané Garrincha
Quatro procuradores de Brasília ficarão responsáveis por detalhar o possível rombo ocorrido durante a reconstrução da arena de futebol
atualizado
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Quatro procuradores de Brasília, dos sete designados pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, passam a integrar a força-tarefa criada nesta quarta-feira (6/6) com o objetivo de aprofundar as investigações referentes aos desvios de recursos na construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e no BRT.
De acordo com a Portaria PGR nº 480, de 2018, sete membros do Ministério Público Federal foram escalados para atuar nas investigações e nos processos relacionados ao tema. Compõem a força-tarefa os procuradores da República Melina Castro, João Gabriel Morais, Francisco Guilherme Bastos e Guilherme Raposo, além dos procuradores regionais da República da 1ª Região Danilo Dias, Ronaldo Queiroz e José Jairo Gomes.
Entre os 12 réus da Operação Panatenaico, estão os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR), além do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB).
A Panatenaico foi originada a partir do depoimento de Clóvis Primo, ex-executivo da Andrade Gutierrez, que expôs detalhes do conchavo responsável, segundo a Polícia Federal, por desvios milionários de recursos públicos durante a construção do novo estádio. O MPF no DF já ofereceu três denúncias em razão dos fatos até agora apurados.A operação da Polícia Federal ocorreu em maio de 2017, quando Arruda, Agnelo e Filippelli foram presos. Fontes do Ministério Público Federal no Distrito Federal informaram que essas são apenas as primeiras denúncias de um longo processo.
Casos mais complexos ainda estão sendo analisados. Outros indiciados pela Polícia Federal, além dos 12 já citados, também poderão ser denunciados em um segundo momento.