PT-DF lança pré-candidatas e quer mais mulheres na disputa
Foram registrados sete nomes femininos como possíveis candidatos à Câmara Legislativa, seis à Câmara dos Deputados e um ao Senado
atualizado
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Com foco nas eleições locais, o PT-DF lançará pré-candidaturas femininas neste sábado (9/6). Na ocasião, também será divulgado o projeto Elas por Elas, a fim de dar o suporte necessário para garantir presença competitiva de mulheres no processo eleitoral, segundo a chefia da sigla na capital da República.
Dentro da própria legenda, a participação feminina para as eleições de 2018, registrada até o momento, ainda é baixa. Os dois possíveis pré-candidatos ao Palácio do Buriti pelo PT são homens; dos quatro postulantes ao Senado, há apenas uma mulher; e das 15 opções à Câmara dos Deputados, seis são do sexo feminino. Para a Câmara Legislativa do Distrito Federal, os números são ainda mais destoantes: dos 31 pretendentes à CLDF, apenas sete são mulheres.
Miram a Câmara dos Deputados as pré-candidatas Erika Kokay, Vanessa Negrini, Rebeca Gomes, Cristina Roberto, Luiza Gonzaga e Maria América.As interessadas em uma vaga na CLDF são Arlete Sampaio, Eliceuda Silva de França, Hellen Cristhyan, Mariana Rosa, Professora Deusinha, Regina Tomé, e Thellma Melo.
Para o Senado, a única pré-candidata feminina é Cláudia Farinha, trabalhadora rural e dirigente sindical.
O evento ocorrerá das 8h30 às 17h, na Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), no Núcleo Bandeirante. A expectativa é de que o encontro, intitulado Jamais Aprisionarão nossos Sonhos: Mulheres em Movimento, reúna em torno de 500 mulheres, entre militantes de movimentos sociais, sindicais, estudantis, rurais, feministas e LGBT.
Embora hoje a legislação preveja que ao menos 30% das candidaturas devem ser femininas, “as mulheres são chamadas para compor as listas partidárias sem condições efetivas de participação”, destacou a presidente do PT-DF, Erika Kokay.
Em maio deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do tempo de rádio e TV de cada partido precisam ser destinados às mulheres. Antes, em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu o mesmo percentual como o mínimo que deve ser distribuído ao sexo feminino.
Segundo a secretária de Mulheres do PT-DF, Andreza Xavier, com o projeto, voltado a dar mais condições políticas às candidaturas, a perspectiva é de que mais mulheres possam entrar na disputa deste ano. “O Elas por Elas viabiliza, por exemplo, uma assessora de comunicação e uma coordenadora política para trabalhar articulando as candidaturas”, pontuou.