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Propostas para setor produtivo na agenda dos pré-candidatos ao GDF

Representantes da Fibra e da Fecomércio perguntaram a postulantes ao Buriti sobre prioridades acerca do desenvolvimento econômico

atualizado

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1º debate metrópoles – pré-candidatos ao Buriti
1 de 1 1º debate metrópoles – pré-candidatos ao Buriti - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

No primeiro debate promovido pelo Metrópoles, na noite desta segunda-feira (9/7), os sete políticos que se apresentaram como pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal responderam a questões referentes ao setor produtivo local. Os questionamentos foram feitos pelo patrocinadores do evento: as federações da Indústria do DF (Fibra) e do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) – na imagem em destaque, os presidentes das duas instituições, Jamal Jorge Bittar e Adelmir Santana, respectivamente.

Aos “buritizáveis”, a Fibra questionou, em pergunta lida pela editora-executiva do Metrópoles, Priscila Borges, “qual a proposta para ampliar a participação da indústria no PIB [Produto Interno Bruto] local”. Já os representantes do comércio indagaram os postulantes ao Governo do DF sobre a descrença do eleitor na política e o que fazer para evitar enxurrada de votos nulos.

Sobre os planos para aumento da participação da indústria no PIB do DF, Paulo Chagas (PRP) destacou que, em um eventual governo, dará condições para que o setor cresça cada vez mais com menos dependência do Estado. Já Eliana Pedrosa (Pros) defendeu significativa agilidade nos processos de licenciamento de obras: “O governo é muito rápido para cobrar, mas lento demais para ajudar o desenvolvimento”.

Fátima Sousa (PSol), por sua vez, projetou a constituição de um conselho envolvendo toda a cadeia produtiva para que, juntos, os setores possam “descobrir as vocações da nossa cidade” e trabalhar em investimentos prioritários.

Já o ex-secretário de Saúde do DF Jofran Frejat (PR) criticou o cenário local em comparação a outras unidades da Federação. Para ele, o maior problema é que o Distrito Federal “tem perdido a guerra fiscal para estados vizinhos”. “Sem estímulos às empresas daqui, perdemos 300 mil empregos no DF. Sem emprego, nossos filhos querem ir embora porque não encontram oportunidade aqui”, acrescentou.

Izalci Lucas (PSDB) engrossou o coro de críticas e apontou falta de fomento à economia local. Segundo o tucano, o GDF não faz o dever de casa.

O atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), por sua vez, disse que o primeiro passo para garantir a saúde financeira das empresas é pagar em dia fornecedores. Pré-candidato a sucedê-lo no Palácio do Buriti, Alexandre Guerra (Partido Novo) destacou a necessidade de fazer programa gerador de impostos a fim de desenvolver o DF. Ele também defendeu o fomento à tecnologia, como cinema, indústria da saúde e soluções “limpas que não tragam prejuízos ao meio ambiente”.

Comércio
Sobre a descrença do eleitor na política e soluções para evitar “boom” de votos nulos, os pré-candidatos ressaltaram a importância da mudança de postura própria para conquistar a confiança de quem vai votar.

Para Izalci, o eleitor é o patrão dos políticos e ele “não pode escolher o gerente de sua empresa por indicação”. Já Paulo Chagas defendeu alteração radical no discurso dos buritizáveis: “Acredito que devamos olhar para as pessoas e mudar quem nos representa no Congresso e no Executivo”.

Ainda em resposta à pergunta da Fecomércio, Eliana Pedrosa destacou a necessidade de fazer propostas exequíveis. “Todos temos dificuldade em administrar problemas, mas temos de propor coisas factíveis. Teremos oportunidade de apresentar propostas solucionáveis e, assim, as pessoas vão se engajar a votar”, afirmou.

Alexandre Guerra mencionou ficha limpa e defendeu que o novo representante da população do DF tenha vida pregressa incólume. “Essa é a mudança que o eleitor quer. Não precisa ser jovem para ser novo, mas para ser novo, tem de ser diferente”, filosofou o pré-candidato, ao citar o próprio partido.

No entendimento da professora Fátima Sousa, a incompreensão dos políticos acerca das necessidades da sociedade tem influência direta na abstenção dos votantes. Na sequência, Rollemberg fez coro sobre revolta da população em relação à política e citou o Sol Nascente, em Ceilândia: “Agora tem asfalto e unidade de saúde na porta”.

“Por isso, quero governar Brasília de novo. Porque, na hora adequada, a população saberá separar o joio do trigo”, discursou. Na avaliação de Frejat, também em resposta à pergunta da Fecomércio, os eleitores devem ficar atentos para não entregarem a cidade nas “mãos de incompetentes e corruptos”.

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