Professores do DF apresentam 140 reivindicações a Rodrigo Rollemberg
Entre os pontos estão redução do número de alunos nas salas de aula, construção de escolas, nomeação de servidores e pagamento de pecúnias
atualizado
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Representantes do Sindicato do Professores (Sinpro-DF) se reuniram, na manhã desta terça-feira (18/9), com o candidato à reeleição ao Governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e encheram o governador de cobranças. O encontro não chegou a durar 10 minutos e contou com a participação de cerca de 30 pessoas no comitê do buritizável. Na ocasião, a categoria entregou ao socialista um documento com 140 pontos.
Entre as reivindicações estão: redução do número de alunos nas salas de aula; equiparação salarial com outras categorias; plano de saúde custeado pelo governo; construção de novas escolas; nomeação de professores, orientadores e secretários; e pagamento da pecúnia aos aposentados.
Em contrapartida, Rollemberg prometeu aumentar o número de vagas no ensino técnico e tecnológico e os recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), contratar novos servidores da educação e promover a recomposição salarial dos docentes. “Estamos construindo uma escola técnica em Brazlândia e licitando outras no Paranoá e em Santa Maria. Também faremos em Sobradinho II e em Santa Maria, garantindo 10 mil vagas”, disse.
Questionado sobre quando os projetos sairão do papel, o governador se limitou a dizer que seria “em breve”.
Uma das diretoras do Sinpro-DF, Rosilene Corrêa explicou que muitos itens estão há anos na pauta e não foram cumpridos pela atual gestão. “Entendemos que não é possível realizar mais de 100 pedidos em quatro anos, mas também não pode ficar estagnado. Se a educação for prioridade no próximo governo, será possível avançar em pelo menos alguns pleitos”, comentou.
Caos
Conforme mostrou o Metrópoles nessa segunda-feira (17), alunos e servidores de uma escola pública do Distrito Federal sofreram as consequências do descaso e da falta de manutenção. Após curto-circuito, a Escola Classe 16 do Gama teve vários equipamentos destruídos pelo fogo, ficou coberta de fuligem e precisou ser interditada. Com isso, as aulas foram suspensas por tempo indeterminado.
Samuel Fernandes, também diretor do sindicato, disse que esse não é um caso isolado. “Existem muitos colégios nessa situação. A Escola Classe 59 e o Centro de Ensino Fundamental 10, em Ceilândia, estão fechados e os alunos tiveram que ser remanejados para outro local. A Escola Classe 425, em Samambaia, está funcionando com o risco de cair”, revelou.
Segundo Fernandes, a falta de infraestrutura aumenta a quantidade de alunos nas salas de aula disponíveis e prejudica o aprendizado. “É um absurdo ter mais de 40 estudantes em uma classe”, criticou o sindicalista.
Pesquisa
Mesmo com o resultado da pesquisa Ibope encomendada pela TV Globo e divulgada nessa segunda-feira (17), que apontou que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) continua na liderança dos candidatos com maior rejeição (53%), o buritizável disse estar confiante. “Tenho acesso a outras pesquisas em que o resultado é diferente. Tenho muita convicção de que vamos para o segundo turno e alcançaremos a vitória”, apostou.
À tarde, Rollemberg participa de debate realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF).