metropoles.com

Primeiro mês de campanha eleitoral movimenta R$ 30,7 milhões no DF

O valor foi injetado em produtoras de rádio e televisão, gráficas, pesquisas de intenção de voto e até marmitex. Confira

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arte/Metrópoles
comercio
1 de 1 comercio - Foto: Arte/Metrópoles

A disputa eleitoral vai muito além de promessas, andanças e troca de farpas entre candidatos. Ela movimenta diretamente a economia do Distrito Federal. Somente nos primeiros 37 dias de campanha, os 1.258 postulantes inscritos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) declararam ter contratado serviços que chegaram a um total de R$ 30,7 milhões. Os gastos incluem desde marmitex, locação de veículos e de imóveis, gasolina, contratação de gráficas e produtoras até o mais básico, como compra de materiais de papelaria e produtos de limpeza para os comitês.

Até agora, o maior investimento dos postulantes aos cargos de governador, senador, deputados federal e distrital foi com a produção de programas de rádio, televisão e vídeo, com um total de R$ 6,7 milhões. Em seguida, serviços terceirizados somaram R$ 5,4 milhões, e materiais impressos totalizaram R$ 5 milhões. Houve destaque para impulsionamento de conteúdos na internet, recurso usado pela primeira vez em uma eleição e o qual já chega a um montante de R$ 754 mil.

A máquina eleitoral gira setores como o de serviço de transporte, com R$ 55,6 mil para pagamentos de passagens. Como os candidatos contratam cabos eleitorais, arcam com todos os gastos dos trabalhadores temporários.

Em um cenário pulverizado, com 11 concorrentes ao Governo do Distrito Federal (GDF), 20 inscritos para o Senado, 191 para a Câmara Federal e 981 para a Legislativa, os levantamentos que medem as intenções de voto têm servido como bússola. Por isso, o valor total investido nesse quesito foi de R$ 376,3 mil. “Tem uma demanda muito grande pelas empresas de pesquisa. Não é maior por causa da crise”, afirmou Paulo Faria, consultor de marketing.

Segundo o analista, em uma campanha, não é possível ficar à mercê do achismo. “É um jogo de xadrez em que cada peça é movida a partir das pesquisas”, pontuou Faria.

Verba menor
Embora sejam R$ 30 milhões a mais girando na economia, donos de produtoras e gráficas dizem que as novas regras eleitorais – as quais impedem o financiamento de empresas privadas e impõem limites de despesas – e o tempo reduzido de campanha frustraram a receita esperada.

Segundo Zé Luiz Nogueira, sócio da Fabrika Filmes, as candidaturas sempre movimentaram o mercado audiovisual e a cadeia produtiva que envolve cenógrafos, atores, diretores, jornalistas, técnicos de cinema e de televisão. “Neste ano, as equipes ficaram menores e, muitas vezes, sem recursos para contratar funcionários mais qualificados”, avaliou.

Nogueira pondera que esta é a campanha mais pobre de toda a sua carreira. Já o publicitário Ronald Van De Kamp observa que houve um aquecimento na geração de trabalhos temporários. “Os profissionais de comunicação estão todos engajados na campanha. A diferença é que estão recebendo menos”, disse.

8 imagens
Fraga destinou R$ 293 mil para atividades de militância e mobilização de rua
As despesas de Alexandre Guerra com impulsionamento de conteúdos chegaram a R$ 15 mil
O maior gasto de Eliana Pedrosa até agora foi com militância e mobilização de rua: o investimento está em R$ 323,1 mil
Ibaneis Rocha destinou R$ 150 mil à realização de pesquisas ou testes eleitorais
Rogério Rosso destinou R$ 97 mil ao aluguel de bens móveis
1 de 8

Rollemberg destinou R$ 147,1 mil para publicidade por materiais impressos

JP Rodrigues / Especial para o Metrópoles
2 de 8

Fraga destinou R$ 293 mil para atividades de militância e mobilização de rua

Natália Moura/Especial para o Metrópoles
3 de 8

As despesas de Alexandre Guerra com impulsionamento de conteúdos chegaram a R$ 15 mil

Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
4 de 8

O maior gasto de Eliana Pedrosa até agora foi com militância e mobilização de rua: o investimento está em R$ 323,1 mil

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 8

Ibaneis Rocha destinou R$ 150 mil à realização de pesquisas ou testes eleitorais

Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles
6 de 8

Rogério Rosso destinou R$ 97 mil ao aluguel de bens móveis

Daniel Ferreira/Metrópoles
7 de 8

O maior gasto de Júlio Miragaya foi com a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo: R$ 81,6 mil

Filipe Cardoso/Metrópoles
8 de 8

A publicidade por materiais impressos representou R$ 5,5 mil do orçamento de Fátima Sousa

Michael Melo/Metrópoles

Queda
A busca por publicidade de materiais impressos movimentou R$ 5 milhões no DF. Mesmo assim, o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal, Antônio Eustáquio, estima uma frustração de 80% no total estimado para estas eleições. “Esse valor era esperado para cada candidato, mas foi o total. Quando fechar a conta, deve dar uns R$ 8 milhões, o que é uma decepção para a indústria gráfica”, lamentou.

Eustáquio trabalha com campanhas desde 1998. “Esse tanto de candidato e um número pequeno de impressões mostram que eles estão investindo somente nas redes sociais, mas isso não vai dar certo. É preciso conciliar”, avaliou.

Candidatos ao GDF
A Justiça Eleitoral exige que a prestação de contas do primeiro turno seja concluída até 6 de novembro, mas ela pode ser realizada parcialmente a qualquer tempo. Até o momento, somente oito candidatos ao Palácio do Buriti declararam ter contratado serviços. Juntos, Rodrigo Rollemberg (PSB), Ibaneis Rocha (MDB), Alberto Fraga (DEM), Eliana Pedrosa (Pros), Rogério Rosso (PSD), Júlio Miragaya (PT), Alexandre Guerra (Novo) e Fátima Sousa (PSol) gastaram R$ 8 milhões.

Rollemberg declarou ter investido em aluguel de comitê e de imóveis, impulsionamento de conteúdo, locação de veículos e combustível, mas o maior valor foi mesmo na produção de vídeos e em programas de rádio: R$ 1,4 milhão. Ibaneis gastou R$ 500 mil para o mesmo fim, mas também investiu pesado em pesquisas de opinião: R$ 150 mil.

Fraga apresentou uma declaração detalhada. Apontou R$ 51,7 mil com marmitex para alimentar os cabos eleitorais. Atividades de militância levaram R$ 293 mil dos recursos, e programas de rádio, R$ 600 mil. Rosso declarou despesas com materiais de campanha, como aluguel de computadores, enquanto Eliana Pedrosa usou metade dos investimentos com cabos eleitorais.

Arte/Metrópoles

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?