Vídeo: presidente da CPI da Saúde diz que não aceita ameaças
Wellington Luiz (PMDB) afirmou, em plenário, ter recebido ameaças de participação em esquemas ilícitos. Ele pediu que os acusadores apresentem provas: “Não devo e não temo”
atualizado
Compartilhar notícia
A primeira reunião da CPI da Saúde na Câmara Legislativa aconteceu há menos de 10 dias, e as investigações já começam a tensionar os ânimos na Casa — e fora dela. O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Wellington Luiz (PMDB), aproveitou as discussões sobre a liberação de verba para a área na terça-feira (24/5) e foi ao plenário dizer que “não deve, não teme” e a CPI “segue mais forte do que nunca” com as apurações de fatos sobre o precário atendimento no Distrito Federal.
As declarações são uma resposta às ameaças que Wellington diz ter recebido do policial militar reformado João Dias. Ele teria provas do envolvimento de Wellington em um esquema de corrupção.“Quero que ele apresente as provas, as fitas que diz ter. Mandei um recado para ele. Se estava achando que me ameaçou de alguma forma, reitero que não tenho nada a esconder”, disse o parlamentar.
Segundo o peemedebista, não existe qualquer receio de que intimidações freiem os trabalhos da CPI. “Vamos propor uma solução para o caos que vive a saúde. Vamos apurar fatos, e não pessoas. Se as pessoas estão preocupadas a ponto de querer intimidar o presidente, precisam saber que não conseguirão”, completou.
João Dias foi preso na Operação Shaolin, deflagrada em 2010 para desmontar um esquema de corrupção no Ministério do Esporte, que levou à demissão do então ministro Orlando Silva. O escândalo atingiu também o ex-governador Agnelo Queiroz (PT), uma vez que o PM afirmou que os desvios de verbas no programa Segundo Tempo teriam começado quando o petista comandava a pasta, entre 2003 e 2008. O ex-governador sempre negou qualquer envolvimento no caso.