Pré-sal: Laerte Bessa e Erika Kokay batem boca no plenário da Câmara
O clima esquentou quando Laerte Bessa (PR) chamou os petistas que defendiam a participação da Petrobras no pré-sal de “bandidos”
atualizado
Compartilhar notícia
O clima esquentou na Câmara dos Deputados durante a sessão que aprovou o projeto de lei que retira a obrigação da Petrobras investir nos campos de exploração do pré-sal, na noite de quarta-feira (5/10). A votação durou seis horas e teve discussões calorosas entre a base aliada e a oposição. Os deputados do Distrito Federal Laerte Bessa (PR) e Erika Kokay (PT) protagonizaram os momentos mais intensos, se colocando em lados opostos do debate.
Enquanto Erika Kokay acompanhou os deputados da oposição e vestiu o tradicional jaleco laranja dos petroleiros, Bessa defendia o projeto de lei. Os parlamentares quase chegaram às vias de fato quando Bessa afirmou que “bandidos” usavam o jaleco para assaltar os postos de gasolina do DF.Provocado, Paulo Pimenta (PT-RS) partiu para cima do deputado da capital. Os parlamentares conseguiram separar os dois, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teve que suspender a sessão por alguns minutos.
Em sua página oficial no Twitter, Erika chegou a afirmar que o projeto é um crime de lesa-pátria.
CRIME DE LESA-PÁTRIA | Câmara inicia entrega do pré-sal às petrolíferas estrangeiras https://t.co/wIes9KiJdr #PL4567Nao pic.twitter.com/d01ykyaoJf
— PT na Câmara (@PTnaCamara) 6 de outubro de 2016
Proposta
O projeto, que conta com o apoio da atual diretoria da Petrobras e do governo, prevê que a estatal tenha o direito de escolher em quais campos de petróleo do pré-sal deverá investir. Pela legislação atual, a estatal atua como operadora única dos campos de pré-sal, com uma participação mínima de 30% nos consórcios. Agora, a empresa passa a ter o direito de abrir mão de campos que não julgar interessantes economicamente.
A proposta foi apresentada pelo senador licenciado e atual ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP). O texto já passou pelo Senado e foi aprovado pela Câmara sem alterações. No entanto, os destaques apresentados por parlamentares não foram votados e devem ser apreciados apenas na próxima semana. Somente após a conclusão dessa etapa, o projeto de lei seguirá para sanção presidencial. (Com informações da Agência Estado)