Pré-candidato do PT ao GDF deve ser definido em reunião no dia 17
Políticos conhecidos do partido são cotados, mas novos personagens podem ser indicados para a disputa pela chefia do Palácio do Buriti
atualizado
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Se o cenário para as eleições de 2018 está confuso em nível nacional, regionalmente a situação não é diferente. No Distrito Federal, o PT é um dos partidos que ainda escondem o jogo sobre a corrida eleitoral pelo Palácio do Buriti – enquanto nomes conhecidos despistam sobre possível candidatura, outros, menos famosos, são cogitados para dar uma nova cara à sigla. O pré-candidato pode ser definido no congresso extraordinário marcado para o próximo dia 17, um domingo.
Deputada federal e presidente do PT-DF, Erika Kokay é um nome de peso lembrado dentro do partido. Mas o discurso defendido por Kokay é que ela contribui melhor para a população mantendo-se na Câmara dos Deputados. “O nível de enfrentamento na Casa, com relação à retirada de direitos e à destruição do país, de certa forma exige que eu tente uma reeleição. Eu diria que nós nunca vivenciamos tanta destruição de direitos”, justifica.Antes do evento, porém, haverá um ato com a presença do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, quando novas filiações devem ser feitas. Esse encontro dos petistas está marcado para quarta-feira (13/12), às 19h, no Teatro dos Bancários.
O deputado distrital Wasny de Roure, outro cotado, diz que “seria um grande privilégio servir à população num cargo tão nobre”, mas reforça não ser essa sua intenção. Ele é apontado atualmente como pré-candidato ao Senado Federal pelo PT.
Ainda tentando se afastar da mancha deixada pelo ex-governador Agnelo Queiroz, envolvido em escândalos de corrupção, nomes menos badalados são sondados pelo PT, como o da dirigente do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) e da Central Única de Trabalhadores (CUT), Rosilene Corrêa, e o do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.
Em entrevista ao Metrópoles, Rosilene Corrêa confirmou ser uma das possibilidades do PT para o Governo do Distrito Federal (GDF) e esclareceu que a candidatura não se trata de uma “vontade pessoal”, mas “partidária”. “Na verdade, esse debate não está sendo feito por mim. Um dos nomes levantados foi o meu, mas [a discussão] ainda está livre.”
Aragão, por outro lado, se mostra mais resistente. Ex-subprocurador-geral da República, ele sustenta que não tem vontade de voltar à vida pública.
Fechei a porta, mas, se houvesse algum tipo de apelo, poderia até reconsiderar. Pessoalmente, não tenho vontade de me candidatar
Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça
Alianças
Segundo Erika Kokay, o PT ensaia parceria com siglas como PSol, Rede, PCdoB e PDT. A presidente do partido no Distrito Federal sustenta que poucas situações estão definidas no diretório regional: uma delas é a oposição ao atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).
“Não é porque ele não atende as nossas reivindicações, é porque ele ignora a sociedade, o DF, mostra um desprezo por Brasília muito profundo, e é um governo pautado numa incompetência nítida e reconhecida pela população”, critica.
Pré-candidatos de outros partidos
Durante congresso realizado no último fim de semana, os citados para o Buriti pelo PPS foram o senador Cristovam Buarque e o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo.
Jofran Frejat (PR) e Alírio Neto (PTB) também devem se arriscar ao cargo majoritário, além do atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).