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Pós-Lula: saiba como o PT e as siglas de esquerda se movimentam no DF

PT manterá a posição de ter candidato próprio ao GDF, mas discutirá alianças com outros partidos, que também já fazem planos

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A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o lançamento dele como pré-candidato à Presidência da República pelo PT impulsionaram as decisões para as eleições regionais de integrantes da legenda. A partir de segunda-feira (29/1), as executivas regionais começam as reuniões para detalhar nomes e candidaturas.

No Distrito Federal, a corrida é para saber se as alianças com os partidos de esquerda e centro-esquerda podem se consolidar após a sentença de Lula pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A punição de 12 anos e 1 mês de prisão foi determinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que julgou recurso do petista na última quarta-feira (24).

Apesar da corrida por uma coligação, o PT local já tem uma certeza: quer candidato próprio ao GDF, mesmo que não conte com o apoio de qualquer agremiação. “Sair sozinho não é problema para o PT. A sociedade entendeu que a condenação de Lula foi apenas para tirar ele do jogo e impedi-lo de continuar a trabalhar pela sociedade”, afirmou o deputado distrital Chico Vigilante.

Para Vigilante, o partido tem bons nomes que já se colocaram à disposição para disputar o cargo majoritário: “Temos o Eugênio Aragão, a Arlete Sampaio, a Rosilene Corrêa e a Erika Kokay. Vamos nos preparar para fazer o palanque do Lula no DF”, completou o parlamentar.

O líder do PT na Câmara Legislativa, Ricardo Vale, afirmou que a legenda está aguardando a decisão nacionalmente, para se movimentar. “Vamos voltar as conversas com os partidos. Tentaremos fortalecer o Lula no DF. Houve uma movimentação do PDT e do PCdoB. Agora, precisamos avaliar as possíveis construções. Se não houver, o PT sai sozinho”, ratificou Vale.

Rosilene Corrêa, nome cotado para ser pré-candidata ao governo pelo partido e diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), aguarda as reuniões. “O julgamento do Lula foi uma reafirmação daquilo que a gente tem denunciado e combatido, que é um ataque brutal à democracia”, afirmou.

Como se movimentam os partidos
Os partidos de esquerda e centro-esquerda também reagiram às novidades pós-julgamento. O PSol, legenda que nasceu de divergentes do PT, também se reunirá na próxima semana, para propor uma frente liderada pela professora Fátima Sousa.

“Permanecemos na oposição de esquerda durante os 13 anos e, de forma coerente, precisamos apresentar uma alternativa para o Brasil e para o DF. Esse momento de fragilidade democrática não nos abala”, afirmou o presidente do PSol na capital federal, Fábio Félix.

O PDT continua a dialogar com o PT, mas ainda considera prematuro falar em aliança. Especialmente porque ambas siglas querem candidato a governador.

“O PDT terá candidatura majoritária, o PT também. Poderíamos ter sido protagonistas em 2010 e em 2014, mas não fomos. Agora, temos Ciro Gomes para a Presidência e um nome para governador do DF”, afirmou o presidente da Juventude do PDT, Léo Bijos, referindo-se ao presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle.

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