PHS deixa base de Rollemberg, mas Lira bate o pé e decide ficar

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) sofreu mais um revés: o PHS anunciou o desembarque da base aliada, na sexta-feira (15/12), sob o argumento de que o Governo do Distrito Federal (GDF) não cumpre compromissos assumidos com a população. Único representante da legenda na Câmara Legislativa (CLDF), o deputado distrital Lira informou, porém, nesta segunda-feira (18), sua decisão de permanecer ao lado do chefe do Executivo local, mesmo correndo o risco de ser punido com a expulsão do partido.

Lira declarou, em carta, a determinação de continuar com o governo porque “quem mais vai sair perdendo nesse contexto será a própria comunidade”. “Peço a compreensão de Vossa Senhoria no sentido de não me impor tais condições, de ter que optar em ficar na base do governo ou sair dela, tendo em vista a quantidade de obras e serviços acertados com o governo para comunidades carentes”, sustentou.

No texto, o deputado distrital ainda expôs confrontos internos ao afirmar que continuará filiado ao PHS, “apesar de nunca ter sido convidado pela direção atual para participar de nenhuma reunião executiva, seja ela regional ou nacional, nem de ter sido consultado para nada”. 

O presidente do PHS-DF, Gilvando Galdino, disse que a executiva regional convocará o distrital para se explicar pessoalmente, ainda nesta semana. “Diante da resposta dele, vamos decidir a nossa reação”, explicou. Galdino rebateu as críticas feitas por Lira, justificando estar sempre presente, no gabinete e por meio de telefone. 

O PHS-DF orientou os filiados a entregarem os cargos no GDF. A nota oficial ameaça, ainda, processar administrativamente os desobedientes. A sigla entrou na lista das legendas que deixaram Rollemberg, integrada pelo PDT, PSD e Rede.

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