PGR denuncia deputada Erika Kokay por crime de peculato
Petista é suspeita de apropriar-se indevidamente de parte dos salários de uma ex-assessora parlamentar, quando era deputada distrital
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (18/12), a deputada federal Erika Kokay (PT-DF). A parlamentar é acusada de ter cometido peculato quando ainda exercia mandato de distrital.
Segundo a denúncia da PGR, a petista e seu então chefe de gabinete, Alair José Martins Vargas, apropriaram-se indevidamente de parte do salário de uma assessora parlamentar que trabalhou com ela entre 2006 e 2007.
Relatório da Secretaria de Pesquisa e Análise da PGR revela que a assessora realizou sete transferências mensais para uma conta em nome de Kokay, no total de R$ 13,1 mil, e duas transferências em favor de Alair José Martins Vargas, somando R$ 1,8 mil.
Dodge pede a perda do mandato da deputada, além da devolução do dinheiro e o pagamento de indenização por dano moral equivalente ao dobro do valor desviado, mais correção.“Os denunciados, na realidade, apropriaram-se de parte dos salários da assessora parlamentar que ocupava cargo comissionado no gabinete de Erika Kokay na Câmara Legislativa do Distrito Federal, e utilizaram esse valor em proveito próprio”, destaca a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Petista se defende
Erika Kokay mostrou-se surpresa com a denúncia e acredita que Raquel Dodge “não leu o processo direito”. “Em nenhum momento fui chamada para dar minha versão. Até porque este caso chegou ao conhecimento das autoridades por mim, pois, em 2010, essa ex-funcionária quis me extorquir”.
De acordo com a parlamentar, houve, sim, repasses da ex-assessora para a conta do PT, mas garantiu que todas as transferências foram voluntárias e registradas. “Ela fez contribuições voluntárias ao partido e, depois, na tentativa de tirar dinheiro de mim, ameaçou dizer que era obrigada a entregar tais valores”, defendeu-se.
Outros dois denunciados
Além dela, a PGR denunciou o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), por peculato e falso testemunho, e o deputado federal licenciado Valdir Rossoni, pelo delito de prevaricação.
A pena para o crime de peculato (quando funcionário público se apropria de dinheiro ou bem móvel, público ou particular, de que se tenha posse em razão do cargo) é de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa. (Com informações do Ministério Público Federal)