Pesquisa Metrópoles/FSB: perfil dos eleitores dos principais candidatos ao GDF
Detalhamento dos dados da sondagem indica como cada postulante se sai nos diferentes segmentos da sociedade
atualizado
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O detalhamento da pesquisa Metrópoles/FSB divulgada nesta semana permite a produção de uma “radiografia” de como serão os votos dos eleitores por gênero, idade, escolaridade, ocupação e renda no Distrito Federal. Os resultados ajudam a ilustrar quais segmentos da população brasiliense cada candidato ao Palácio do Buriti conseguiu atingir por meio de propostas, agendas de campanha, programas de televisão e outras ações.
Quando estratificado por gênero, o cenário exposto traz Eliana Pedrosa (Pros) com melhor desempenho entre as mulheres, por exemplo. Hoje, a candidata alcança 25% do público feminino, enquanto tem rejeição de 18% dos homens entrevistados.
Eliana é a primeira colocada geral nas intenções de voto. A ex-distrital tem 20% do total, de acordo com o levantamento realizado entre os dias 7 e 9 de setembro com 1.072 eleitores. A margem de erro da amostra é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A postulante do Pros tem maior alcance ainda entre os brasilienses com renda familiar de até um salário mínimo, com 31% da preferência. Ela se sai bem também quando o cenário é de pessoas com baixa escolaridade (27%) e economicamente ativas (21%). A maior rejeição da candidata, por outro lado, se dá em relação aos entrevistados com renda acima de cinco salários mínimos (20%).
O segundo colocado, com 15% das intenções de voto, Rodrigo Rollemberg (PSB) tem um eleitorado com perfil oposto ao da principal concorrente. O atual chefe do Executivo tem melhor aceitação entre o público masculino. Segundo a pesquisa, 17% dos homens votariam nele. O socialista também tem melhor desempenho com o eleitorado de ensino superior completo (19%); economicamente ativo em empregos formais (15%) e com renda familiar acima de 10 salários mínimos. Em contrapartida, o governador amarga os maiores índices de rejeição em todos os segmentos. No total, ele é rejeitado por 52% dos entrevistados.
Alberto Fraga (DEM) também tem mais votos entre os homens e os jovens com idade entre 16 e 24 anos. O deputado federal ainda conquistou a confiança das pessoas com baixa escolaridade e sem atividade economicamente ativa. Curiosamente, enquanto 19% das pessoas que não trabalham e nem estão procurando emprego (não economicamente ativas) pretendem votar no parlamentar, 33% desse mesmo segmento o rejeita. Ele também tem rejeição significativa entre os maiores de 65 anos (27%).
Já Rogério Rosso se mantém linear nas diversas camadas. Embora ainda tenha uma defasagem na conquista do voto feminino, ele consegue abranger jovens (13%) e adultos entre 33 e 44 anos (11%). Mescla ainda intenções de escolha entre quem tem ensino superior (19%) e entre analfabetos e pessoas que só sabem ler ou escrever (18%). O ex-governador tampão do DF também é rejeitado por 33% das pessoas não economicamente ativas.
O quinto e o sexto colocado no levantamento do Metrópoles encomendado ao Instituto FSB também apresentam perfis distintos de voto. O general Paulo Chagas (PRP) tem 7% do eleitorado masculino, mas apenas 1% do feminino. Já Ibaneis tem 4% dos votos das mulheres e 3% dos homens. O ex-presidente da Ordem dos advogados do Brasil no DF é lembrado pelo público mais velho, com mais de 65 anos. Já Paulo Chagas, tem melhor aceitação entre os adultos de 35 a 44 anos. Se o militar da reserva tem rejeição maior entre as pessoas com renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (17%), o operador do Direito recebe o mesmo índice de avaliação negativa das que recebem até R$ 954.
O quinto e o sexto colocado no levantamento do Metrópoles encomendado ao Instituto FSB também apresentam perfis distintos de voto. O general Paulo Chagas (PRP) tem 7% do eleitorado masculino, mas apenas 1% do feminino. Já Ibaneis tem 4% dos votos das mulheres e 3% dos homens. O ex-presidente da Ordem dos advogados do Brasil no DF é lembrado pelo público mais velho, com mais de 65 anos. Já Paulo Chagas, tem melhor aceitação entre os adultos de 35 a 44 anos. Se o militar da reserva tem rejeição maior entre as pessoas com renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (17%), o operador do Direito recebe o mesmo índice de avaliação negativa das que recebem até R$ 954.
Análise
O cenário no Distrito Federal se apresenta diferente da disputa pela presidência da República, que tem um homem, Jair Bolsonaro (PSL), na primeira colocação, com 34% dos votos em Brasília. “No esfera nacional, há uma crítica enorme às mulheres que não votam em Marina Silva. Em Brasília, o cenário se mostra diferente. As eleitoras escolheram, até agora, uma mulher”, avaliou Aurélio Maduro, que é cientista político, professor universitário e mestre pela George Washington University.
O especialista também observou que Eliana Pedrosa pode ter conquistado o eleitorado com baixa escolaridade e baixa renda por conta do apoio da família Roriz, tradicionalmente popular entre esse segmento da sociedade.
Já Rollemberg vai bem entre os mais escolarizados e mais ricos. “O que não ajuda muito, pois são uma parcela pouco decisiva do resultado eleitoral”, comentou o doutor em ciência política e professor da Universidade de Brasília (UnB) Wladimir Gramacho. Para ele, em um cenário geral, os dados podem indicar uma vantagem adicional para Eliana Pedrosa, uma vez que “ainda há muitas mulheres que não sabem em quem votar e podem assumir o padrão das que já escolheram”.
O que dizem os candidatos
A partir do perfil traçado, os candidatos comentaram as estratégias de campanha que pretendem seguir. Eliana Pedrosa atribui os percentuais à trajetória dela: “Minha área sempre foi social. É natural que o público seja formado por pessoas que precisam mais desse tipo de ação. Estamos fazendo um mapeamento para que nossas propostas possam chegar a todos os eleitores”, disse.
A coordenação de campanha de Alberto Fraga afirmou que vai focar a apresentação de propostas para as mulheres. Segundo Wellington Moraes, Fraga tem projetos de lei para o universo feminino. O eleitor jovem também será buscado por meio de propostas de geração de empregos.
Rogério Rosso enfatizou que continuará a campanha nas ruas. “Vamos ouvir as demandas dos setores, dos bairros e focar em propostas do nosso plano de governo, dos nossos compromissos com o DF. Os eleitores vão se decidir.”
Foco nas mulheres
Ibaneis Rocha comemorou o fato de ter mais votos no público feminino. “A mulher capta mais rápido a imagem do candidato. A receptividade quando ando pelas cidades é muito grande. Entre os jovens, vamos apresentar nossos programas de geração de renda para ajudar na decisão deles”, completou.
Já o major Luis Fernando Aguiar, coordenador de redes sociais do general Paulo Chagas afirmou que pretende focar na internet e no corpo a corpo para que o nome do candidato e suas propostas se tornem conhecidas para todos os segmentos.
A reportagem entrevistou os seis primeiros colocados. Entre eles, somente Rodrigo Rollemberg não quis comentar o resultado do levantamento. A assessoria de imprensa do postulante afirmou que “não comenta pesquisas”.