Para Rollemberg, falar de impeachment poderia “acirrar ânimos”
Governador disse na manhã desta quarta-feira (30/3) que “o mais adequado é não tornar público a minha posição”. DF depende de repasses do Fundo Constitucional para manter segurança, saúde e educação
atualizado
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O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) continua evitando tornar pública a sua posição em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na manhã desta quarta-feira (30/3), questionado por repórteres sobre o que achava do possível afastamento da petista do comando do país, ele tentou explicar o motivo de não se posicionar oficialmente e disse que não quer “acirrar os ânimos”.
“Como governador de Brasília, entendo que o mais adequado é não tornar público a minha posição. O meu papel é garantir que as manifestações transcorram de forma tranquila e garantir a integridade das pessoas e do patrimônio público. A minha posição poderia acirrar os ânimos de um lado ou de outro”, disse.
O socialista está numa verdadeira saia justa. Desde 2013, o seu partido deixou a base aliada do governo Dilma. Nessa terça (29), o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, participou de uma entrevista coletiva de partidos da oposição com jornalistas internacionais e defendeu a legalidade do impeachment.
Para Siqueira, a presidente Dilma Rousseff é irresponsável ao mentir que há em curso uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. “Ao contrário, o impeachment é um remédio que existe na Constituição e precisa ser respeitado.” Siqueira lembrou que o PT pediu o impeachment de todos os presidentes eleitos dos últimos 30 anos.
Além de abrigar a sede do Executivo nacional, o Distrito Federal depende de recursos da União para se manter. A previsão este ano é que o GDF receba repasses da ordem de R$ 12,8 bilhões para as áreas de segurança, educação e saúde. O dinheiro equivale a quase 30% do orçamento total do DF.