Novembro Negro leva candomblé à praça da Câmara Legislativa
O objetivo da ação é construir uma agenda permanente de enfrentamento e de superação do racismo no DF
atualizado
Compartilhar notícia
A Câmara Legislativa deu início, na sexta-feira (01/11/2019), ao mês de lutas pró-valorização da identidade e da cultura das população afrodescendentes: o Novembro Negro. O objetivo é construir uma agenda permanente de enfrentamento e de superação do racismo no DF, além de estabelecer políticas de promoção da igualdade racial e da liberdade religiosa. Fórum de Negritude, Roda de Candomblé, atividades culturais, seminários e apresentação de projetos de Lei marcarão o período.
A ideia é que seja criado um fórum permanente para reuniões mensais em 2020, com o objetivo de fortalecer a temática de igualdade racial e de povos e comunidades tradicionais.
Entre as entidades participantes, estão Movimento Negro Unificado (MNU), Casa Akotirene, Coletivas Pretinhas, INAÓ, NSB, Juventude de Terreiro, Conselho de Defesa dos Direitos do Negro (CDDN), Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB-DF), Pretas no Topo, Ponto de Cultura Ação e Tradição, Ilê Asé Logum Cetomi, Nzo Jimona dia Nzambi, Fórum da Juventude de Terreiro do DF e entorno, Manzo Kalla Muisu, Instituto Cultural e Educacional Lua Branca (INCLUA) e Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos da Secretaria de Justiça (Sejus), entre outras.
A abertura contou com Roda de Candomblé na Câmara Legislativa. Dando sequência às atividades, serão realizados festivais internacionais, oficinas, seminários, exposições, debates sobre boas práticas e sobre a participação de negros na política, além de sessão solene e entrega do Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos.
“Não podemos deixar a mobilização de lado. O Brasil é um país racista, que mata seus jovens e mulheres negras e que mantém há séculos uma realidade de profunda desigualdade e de intolerância. Precisamos avançar e consolidar programas que permitam a superação desse quadro”, destacou o deputado distrital Fábio Felix (PSol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa.
Representantes de comunidades quilombolas participaram do encontro na Praça do Cidadão da Câmara Legislativa.
“É de extrema importância a união dos Movimentos Negros do Distrito Federal. Com essa junção, podemos construir, de maneira coletiva, ações que enaltecem o povo negro”, pontua Jéssica Alves, da Casa Akotirene.
“A construção coletiva de um calendário de atividades para o novembro negro é satisfatória, pois assim conseguimos mapear as organizações de luta e principalmente saber onde estão os negros e negras do DF. Nos aquilombar é preciso, porém, só conseguiremos obter êxito quando todos e todas se unirem em busca de um propósito maior”, acrescentou.