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“Não é nenhuma vergonha dever”, diz Rollemberg sobre contas eleitorais

PSB “pagará tão logo seja possível” as dívidas da campanha do governador do DF. O saldo negativo chega a R$ 1,5 milhão

atualizado

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1 de 1 rollemberg - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), teve de passar o chapéu na sede do partido. Derrotado na campanha à reeleição, ele amarga, também, o prejuízo financeiro de R$ 1,5 milhão nas contas eleitorais. Ao Metrópoles, na manhã desta quarta-feira (14/11), o socialista disse como pretende honrar os compromissos feitos nos últimos meses para tentar se manter no cargo.

“Não é nenhuma vergonha dever. Nós estamos conversando com todos os credores e o partido do Distrito Federal vai assumir a dívida, devidamente autorizado pelo PSB Nacional. Vamos pagar ao longo do tempo”, afirmou Rollemberg.

Segundo ele, o débito surgiu porque a equipe de campanha tomou a decisão de ser “extremamente rigorosa na captação”. “Não tivemos os recursos necessários para pagar todas as despesas neste primeiro momento, mas vamos fazer com que o partido possa assumir essa dívida e pagar tão logo seja possível”, esclareceu.

A três dias do prazo final para a prestação de contas final no Tribunal Superior Eleitoral, o atual chefe do Executivo local precisa deixar o saldo “zerado”. Caso contrário, ele não receberá a certidão de quitação eleitoral e ficará impossibilitado de participar das próximas eleições. No último pleito, ele teve R$ 5,6 milhões de despesas, mas só conseguiu, até o último informe, R$ 4,1 milhões em receitas.

O gestor participou, nesta manhã, da entrega da Medalha Mérito Ambiental da Polícia Militar do DF. A condecoração é destinada a civis, militares e instituições pelos serviços prestados na preservação do meio ambiente.

Decisão
Na ocasião, Rollemberg também comentou as declarações do sucessor, Ibaneis Rocha (MDB), que calcula assumir o GDF com déficit de R$ 5 bilhões. “É um número equivocado. O candidato eleito está contando com as parcelas dos reajustes que não foram pagas nos anos anteriores.”

Segundo o socialista, a Constituição brasileira é clara: “Não havendo disponibilidade orçamentária, não há efetividade no aumento. Temos uma decisão sobre o assunto e é por isso que não pagamos”.

Rollemberg disse que chama a atenção o fato de Ibaneis estar vivendo um profundo conflito de interesse interno acerca do assunto. “Ele precisa tomar uma decisão se, a partir de agora, vai continuar agindo como advogado dos sindicatos ou como o governador do Distrito Federal”, disse.

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