Na CPI da Saúde, servidora do Samu denuncia desperdício de dinheiro

Na saúde do Distrito Federal não é preciso ir muito a fundo para se deparar com problemas. No primeiro depoimento à CPI da Saúde, que apura irregularidades na rede pública local, nesta quinta-feira (2/6), já foi possível identificar a sangria de recursos que deveriam salvar vidas no DF. De acordo com a Doutora Olga, representante e servidora do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) no Conselho de Saúde, em 2008 a Secretaria de Saúde comprou R$ 3 milhões em kits para a realização de exames, que sequer teriam sido utilizados.

O presidente da comissão, Wellington Luiz (PMDB), afirmou que apesar de o período da compra ter sido anterior ao que é investigado (2011 a 2016), os delegados que fazem parte do corpo técnico da CPI entendem que há, no caso, crime continuando, quando o gestor público não faz nada para corrigir a irregularidade, tampouco pede o ressarcimento dos recursos mal utilizados.

De acordo com o depoimento da servidora, para que os kits fossem utilizados seria necessário que o governo adquirisse uma geladeira especial, para que os itens fossem estocados na temperatura correta. Só que, segundo ela, o aparelho nunca foi comprado. Outro gasto considerado desnecessário foi a compra de três caminhões que servem para situações de catástrofe, segundo o presidente da CPI foi informado.

Wellington Luiz determinou diligências na Secretaria de Saúde para que os técnicos da CPI da Saúde possam avaliar a situação das denúncias e identifiquem os responsáveis, para que eles sejam responsabilizados.

Na reunião desta quinta, a comissão definiu ainda que o prazo limite para que sejam definidos os nomes que ocuparão as sub-relatorias da CPI será o dia 9 de junho. Os nomes não foram definidos devido à ausência de dois integrantes da comissão, entre eles o relator, deputado Lira (PHS).