Para brigadeiro Átila Maia, ataque a Bolsonaro foi “manobra política”
Postulante do PRTB-DF ao Senado foi o primeiro sabatinado desta semana. Eventos com demais concorrentes ao posto também serão transmitidos
atualizado
Compartilhar notícia
Candidato do PRTB-DF ao Senado, Átila Maia disse ao Metrópoles, nesta segunda-feira (17/9), estar certo de que o esfaqueamento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), em 6 de setembro, foi “manobra política” de adversários. “Se estivesse sob a minha gestão, chegaria, com certeza, aos autores do crime”, acrescentou o brigadeiro da reserva. O militar foi o primeiro entrevistado desta semana na série de sabatinas com os postulantes ao posto pelo Distrito Federal.
Questionado acerca de quem teria agido por trás do ataque, Átila Maia respondeu que, “evidentemente, os opositores que estão correndo o risco de não chegar lá [Presidência da República] em função do crescimento dele [Bolsonaro]”. O candidato ao Planalto foi vítima de um atentado com faca, no último dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG), e passou por cirurgia no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, na cidade.
O brigadeiro enfrenta as eleições pela primeira vez. Para ele, há um “anseio da população por militares na política”. O pretenso senador, porém, afirmou ser contra intervenção militar no Brasil. “O caminho é a via democrática, através do voto e das eleições”, completou.
Veja a entrevista:
O candidato do PRTB-DF criticou o mandato dos três atuais senadores do DF: Cristovam Buarque (PPS), Hélio José (Pros) e Reguffe (sem partido). “Foi muito aquém do que era esperado e até do contato do eleitor com eles”, disparou.
Átila Maia também desaprovou a gestão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). “Quem está no mandato e perde uma reeleição tem que ser muito incompetente, porque você tem tempo de televisão, dinheiro e espaço na mídia”, avaliou.
Entre as matérias que passaram pelo Legislativo, o entrevistado mostrou-se favorável à regulamentação dos aplicativos de transporte particular. “Pode até ser ruim para os taxistas, mas é um excelente sistema para a população. Nós tivemos senadores que votaram contra isso, o que é um absurdo”, pontuou.
Por outro lado, o militar disse ser contrário aos projetos que limitaram os gastos públicos e aumentaram em 16,38% a remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Perfil
Brigadeiro Átila Maia concorre pela coligação Brasília Acima de Tudo, cujo postulante ao Palácio do Buriti é o general Paulo Chagas (PRP). O candidato ao Senado ingressou na Academia da Força Aérea Brasileira (FAB) em 1975. Atuou como piloto militar, no setor de aviação de caça e de reconhecimento, comandou voos civis e chefiou o Destacamento Regional de Aviação Civil de Curitiba.
O candidato atuou na Base Aérea de Florianópolis na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em 1989; e chefiou, entre 2005 e 2008, a Assessoria Parlamentar da FAB. No Executivo, em 2012, ocupou o cargo de secretário-executivo do Ministério da Pesca e Agricultura. Três anos depois, entrou no setor literário ao publicar o livro Enfrentar: A Única Possibilidade.
Átila Maia tem 2% das intenções de voto, conforme apontou a pesquisa FSB/Metrópoles. Cristovam, com 24%, e Leila do Vôlei, 23%, lideram a disputa pelas duas vagas no Senado. Em seguida, aparecem Izalci Lucas (PSDB), com 17%; Chico Leite (Rede), com 13%; e Wasny de Roure (PT), com 9%.
Entrevistas
O Metrópoles iniciou, em 13 de setembro, série de entrevistas com candidatos ao Senado pelo Distrito Federal. Com duração de 25 minutos, as sabatinas são realizadas na sede do portal, no Lago Sul, com transmissão ao vivo pelo site e Facebook.
Ainda nesta segunda (10), às 16h, Chico Leite (Rede) enfrenta as perguntas da equipe do portal. A professora Amábile (PR) estava marcada às 15h, mas cancelou sua participação devido a um problema de saúde. Já foram entrevistados nos últimos dias Hélio Queiroz (PP), João Pedro Ferraz (PPL), Marcelo Neves (PT) e Chico Sant’Anna (PSol).