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Futuro secretário de Cultura do DF estuda cobrar entrada de museus

Segundo Adão Cândido, visitantes poderiam pagar R$ 1 ou fazer doações espontâneas para acessar equipamentos públicos

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Adão Cândido – entrevista
1 de 1 Adão Cândido – entrevista - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O escolhido pelo governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) para comandar a Secretaria de Cultura do Distrito Federal a partir de janeiro de 2019, o sociólogo Adão Cândido (PPS) disse em entrevista ao Metrópoles, nesta terça-feira (18/12), que estuda cobrar entrada de museus. Segundo ele, as contribuições poderiam ajudar a custear as despesas dos equipamentos públicos.

“Se cobrássemos R$ 1 ou qualquer manifestação já teríamos um caixa do museu. Nem que seja uma doação espontânea. O Museu da República, por exemplo, muita gente visita, poderíamos tirar alguma coisa para manutenção, que é muito cara”, comentou.

Ex-secretário de Articulação e Desenvolvimento Institucional do Ministério da Cultura, Adão também comentou sobre temas importantes para área na capital da República, como a reabertura do Teatro Nacional. “É um símbolo da cidade. Não é só a comunidade artística, mas toda a população passa em frente e se pergunta quando poderão usufruir esse bem”, disse.

Segundo o futuro gestor, a abertura da sala Martins Pena será uma das prioridades. A expectativa é que o espaço volte a receber apresentações artísticas a partir de 2020. Para restaurar as outras áreas, como a sala Villa Lobos, ele estuda a promoção de parcerias ou de captação de recursos privados. “Será um desafio trazer o teatro para o século XXI, já que o projeto é dos anos 60. Ele não tem acessibilidade, segurança e é preciso modernizar os equipamentos”, alertou.

Polêmica
Na questão da Lei do Silêncio, o sociólogo disse que é importante buscar mais recursos para instalar isolamento acústico nas casas culturais e bares da cidade. Ele disse que o debate sobre a legislação que busca estabelecer novos limites sonoros nos estabelecimentos cabe à Câmara Legislativa.

“Os dois lados estão certos, o do morador e o dos espaços de lazer. Vamos nos concentrar em fazer um trabalho junto com os empresários porque, além de ser preciso ter casas culturais preparadas para ter segurança e acessibilidade, é necessário não incomodar as pessoas.”

Veja a entrevista:

Adão Cândido também falou do Carnaval e acredita ser possível voltar com os desfiles de escola de samba na cidade. Segundo ele, a festa local está focada nos blocos carnavalescos e isso deve ser mantido, mas há espaço para resgatar as agremiações, mesmo que seja em outros períodos, como o aniversário de Brasília. “Uma solução provisória é fazer os desfiles em 21 de abril. Nessa época teremos verbas para shows, não colide com o carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo e pode atrair o público”, explicou.

 

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