metropoles.com

Meta é dar paridade à PCDF até dezembro, diz documento da gestão Ibaneis

Se governo conseguir honrar o compromisso, a expectativa é que agentes e delegados da corporação local recebam 37% de reajuste nos salários

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fachada Direção-Geral PCDF
1 de 1 Fachada Direção-Geral PCDF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ibaneis Rocha (MDB) quer cumprir uma das suas principais promessas de campanha até dezembro deste ano: conceder a paridade salarial dos policiais civis do DF com os da Polícia Federal. Se conseguir honrar o compromisso, a expectativa é que agentes e delegados da corporação local recebam 37% de reajuste nos salários.

As informações estão contidas no Relatório do Governo de Transição 2019-2022, produzido pela equipe do emedebista nos dois meses que sucederam as eleições. O documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, foi elaborado por 58 grupos de trabalho temáticos.

Veja o trecho que trata da paridade:

Em 170 páginas do relatório de transição, foram compilados dados, do plano de governo do emedebista, como compromissos feitos durante a campanha, e do documento elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese), intitulado O DF que a Gente Quer 2018-2030. Além disso, foram ouvidas entidades e representantes de comunidades.

Esse conjunto inicial de proposições será usado para orientar o início da nova gestão. É um resumo sistematizado, com desenho organizacional das pastas, cargos, funções e atribuições que compõem a administração do novo governo. Nele, existem diagnósticos, metas e propostas de solução de problemas.

Se a medida – que representaria um reajuste de 37% – for aplicada também para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, impactaria em R$ 2,8 bilhões a folha de pagamento. Somados à terceira parcela do reajuste das 32 categorias do funcionalismo público local, os aumentos resultariam em uma despesa extra de R$ 4,4 bilhões anuais, conforme cálculo da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), que se fundiu à Fazenda na atual administração.

Em 2017, a folha de pagamento total do Governo do Distrito Federal foi de R$ 24,7 bilhões, desconsiderando-se os gastos custeados com recursos arrecadados a título de contribuição patronal.

Em busca de uma alternativa viável para aplicar a paridade e manter as contas em equilíbrio, Ibaneis solicitou ao ex-presidente da República Michel Temer (MDB) transferência da aposentadoria de policiais para regime próprio da Previdência Social a fim de desafogar o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). A medida, contudo, repercutiu mal entre associações da PM, e o governador agora ensaia um recuo da proposta.

Recompensa no Disque-Denúncia
No noticiário sobre violência, o brasiliense acostumou-se a ver em sites, jornais, televisão e rádio a publicidade do número 197, o Disque-Denúncia da Polícia Civil do DF. Agora, quem ajudar os investigadores a encontrarem foragidos da Justiça poderá ganhar um dinheiro extra. A gestão de Ibaneis Rocha pretende criar, dentro de seis meses, uma recompensa para quem contribuir com informações relevantes.

O projeto está descrito no relatório de transição da equipe emedebista, mas não traz detalhes de quais critérios serão estabelecidos para se pagar a recompensa.

Outro assunto relacionado à corporação descrito como prioridade no documento é a reabertura das 17 delegacias fechadas na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). Por falta de efetivo, essas unidades só funcionam em horário comercial e não abrem nos fins de semana e feriados.

Essa situação ocorre desde setembro de 2016 e, para ser solucionada, de acordo com o Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), é preciso aumentar o efetivo de 4,3 mil para 8 mil servidores e investir na corporação.

Estudo
Levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) divulgado em 2017 reforça o discurso da categoria. A pesquisa aponta que 87,1% das delegacias da capital federal não têm servidores suficientes para funcionar adequadamente.

O estudo mostra também que 36,7% das 49 unidades existentes nem sequer têm delegados presentes e os plantões funcionam em regime de sobreaviso. “O governo [passado] não supriu nem mesmo as aposentadorias que aconteceram nos últimos três anos e meio”, diz Rodrigo Franco, presidente do Sinpol.

Outro problema, apontado pelo presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo), Rafael Sampaio, é a subnotificação de ocorrências. “O fechamento das delegacias foi política do governo [passado], pois provocava a diminuição de registros”, afirma.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?