Mesa Diretora analisa novo pedido de cassação contra Liliane Roriz
Deputada foi condenada pela Justiça Eleitoral por compra de votos. Em outro caso, depoimento à Justiça na Operação Drácon é adiado
atualizado
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Condenada a 4 anos, 5 meses e 8 dias em regime semiaberto e ao pagamento de R$ 32,4 mil por compra de votos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), a deputada distrital Liliane Roriz (PTB) terá pedido de cassação analisado pela Mesa Diretora da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (22/11).
Após a condenação no TRE-DF, o suplente da deputada, Guarda Jânio (PRTB), entrou com o pedido de cassação. No mesmo pedido, ele citou reportagem do Metrópoles em que a deputada é investigada pela Polícia Civil como proprietária fantasma de uma empresa que serviria para lavar dinheiro.A parlamentar também seria ouvida na 2ª Vara de Fazenda do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) na condição de testemunha no processo da Operação Drácon, mas está fora de Brasília realizando exames médicos e uma nova data deverá ser marcada.
Na CLDF, a Procuradoria Geral da Casa deu parecer favorável ao arquivamento do processo contra a única herdeira do ex-governador Joaquim Roriz com mandato.
Para a Procuradoria, o mesmo processo em que a deputada foi acusada de compra de votos foi analisado pela Corregedoria e arquivado em meados de 2016, pelo titular do órgão, o deputado Rafael Prudente (PMDB). Sem fatos novos, a recomendação é que a Mesa Diretora arquive o novo processo.
No caso em que Liliane é investigada pela abertura da empresa fantasma, a Procuradoria diz que não há elementos suficientes para a continuidade do pedido de cassação na Casa.
O processo será analisado pelo presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT); pelo vice, Wellington Luiz (PMDB); e pelos secretários Robério Negreiros (PSDB), a suplente Telma Rufino (Pros) e Raimundo Ribeiro (PPS), que é um dos apontados pela própria Liliane na Operação Drácon como envolvido no suposto esquema de corrupção.
Operação Drácon
Liliane Roriz também seria testemunha, ainda nesta quarta-feira (22), no processo da Operação Drácon. Ela é a principal denunciante de um suposto esquema de corrupção, em que os deputados Celina Leão (PPS), Cristiano Araújo (PTB), Raimundo Ribeiro, Julio Cesar (PRB) e Bispo Renato Andrade (PR) seriam os responsáveis por negociar a aprovação de emendas parlamentares em troca de propina na área da saúde. O mesmo processo também envolve servidores da Câmara Legislativa.
Entretanto, a distrital está em São Paulo, onde faz uma bateria de exames. Por conta da licença médica, em seu retorno Liliane Roriz terá de marcar uma nova data para ser ouvida pela 2ª Vara de Fazenda do TJDFT.