Manobra na Câmara Legislativa isola o governo na CPI da Saúde
Rollemberg terá apenas uma vaga na comissão. Bloco de Celina Leão (PPS) terá dois dos cinco nomes do grupo
atualizado
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O acirramento dos ânimos entre a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) deve ter reflexos na composição da CPI da Saúde. A distrital tenta fazer com que o GDF fique isolado e tenha pouco poder de decisão na comissão parlamentar de inquérito que investigará irregularidades no serviço público durante o período de 2011 até agora.
Uma composição entre os partidos PPS, PSD, SD, PHS, PTN e PSDB — que integram o Bloco Popular, Solidariedade e Social — vai ficar com duas vagas na CPI da Saúde. Os demais blocos terão uma vaga cada, sendo que o grupo governista, representado na Casa pelos deputados Roosevelt Vilela (PSB), Luzia de Paula (PSB) e Júlio César (PRB), líder do governo, terá o direito a apenas uma vaga na CPI.O Popular, Solidariedade e Social, que tinha cinco integrantes, agora passa a contar com oito, devido à incorporação dos deputados Lira (PHS), Delmasso (PTN) e Robério Negreiros (PSDB). Apesar das articulações, a CPI ainda não tem data para ser instalada.
O período de análise da CPI — 2011 a 2016 — englobará tanto a gestão de Agnelo Queiroz (PT) quanto a de Rodrigo Rollemberg. Ex-secretários de Saúde, empresas envolvidas em contratos de aquisição de material e medicamentos, além de funcionários dos setores de compra e gestão devem ser convocados pelos parlamentares.