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Manifestantes favoráveis e contrários ao governo desembarcam no DF

Os movimentos contrários ao impeachment chegaram em 20 ônibus. No Parque, militantes a favor começam acampamento

atualizado

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Letícia Carvalho/Metrópoles
Acampamento MST
1 de 1 Acampamento MST - Foto: Letícia Carvalho/Metrópoles

Na semana em que o destino da presidente Dilma Rousseff começará a ser decidido, caravanas de diversos estados do país desembarcam no Distrito Federal para acompanhar a votação do processo que analisa o pedido de afastamento da petista, na Câmara dos Deputados.

Somente neste domingo (10/4), 20 ônibus trouxeram manifestantes de movimentos favoráveis ao governo ao estacionamento do Teatro Nacional — até segunda (11/4) eles devem somar 2 mil manifestantes. Já no Parque da Cidade, ao lado do Ana Lídia, 30 pessoas vestidas de verde e amarelo organizam um acampamento que tem expectativa de receber até 400 barracas.

Apesar de representarem bandeiras opostas, os integrantes dessas duas mobilizações desejam algo em comum: levar para a Esplanada dos Ministérios até o próximo domingo (17/4), dia em que se espera que a votação no plenário da Câmara dos Deputados seja concluída, uma multidão de manifestantes. O objetivo é reunir cerca de 150 mil pessoas em cada lado do gramado.

Posicionados à esquerda do Congresso Nacional, pessoas de coletivos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que já desceram as malas na capital, organizam para esta semana palestras e mobilizações que deverão agitar ainda mais o cenário de Brasília. “Será um processo de formação política. O teólogo Leonardo Boff, por exemplo, nesta segunda (11/4), vem conversar com os movimentos de esquerda. Vamos lutar, mas sem vandalismos”, explica o pedagogo e integrante da direção do MST Marco Antônio Baratto, 36 anos.

A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou que, embora o grupo a favor da petista tenha desembarcado seus passageiros no Teatro Nacional, os veículos deverão ficar estacionados no Estádio Mané Garrincha. Os manifestantes também não estão autorizados a dormir no local. Eles vão permanecer em uma área próxima ao Ginásio Nilson Nelson que foi autorizada pela pasta.

A proibição de acampamentos nas imediações da Esplanada faz parte de uma série de medidas apresentadas pela secretaria para evitar confrontos entre grupos contrários e favoráveis ao impeachment da presidente. Entre as ações, também está prevista a separação de grupos rivais com alambrados e corredores de policiais que foram montados por Detentos do Centro de Prisão Provisória (CPP) na manhã deste domingo (10/4).

Letícia Carvalho/MetrópolesCarregando estandartes do Brasil e miniaturas de patos infláveis (foto ao lado), símbolo da campanha “Não vou pagar o pato”, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), os militantes contrários à presidente tiveram que sair do anexo 4 da Câmara dos Deputados – local em que estavam há dois dias – e montar novas estruturas no gramado do estacionamento 8 do Parque da Cidade. A mudança ocorreu após um acordo entre o grupo e a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.

Os participantes do acampamento foram escoltados pela Polícia Militar e iniciaram as novas acomodações no parque também neste domingo (10/4). “Viemos para cá apenas com a cara e a coragem. Sabemos que as coisas podem ficar complicadas, mas estamos ignorando as provocações. E confiamos na PM”, aponta a empresária Dileta Corrêa, 44.

Ela integra o coletivo União Patriótica Nacional e saiu de Santa Catarina para acompanhar de perto as movimentações políticas no Congresso Nacional. As pessoas que compõem essa concentração contam com o apoio de representantes do grupo Resistência Popular que, desde o início de março, realizam atos próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta segunda (11/4), os manifestantes de vermelho e os de verde e amarelo devem se deslocar para a Esplanada durante a tarde. Eles querem monitorar a votação dos 65 deputados da comissão do impeachment que se posicionarão sobre o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) favorável ao afastamento da presidente Dilma.

Equipes das polícias Militar, Civil e Legislativa, além do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Trânsito (Detran) serão mobilizadas. A PM vai contar com um reforço de 3 mil homens por dia. Mas todo o efetivo de 13,8 mil estará de prontidão. O mesmo vale para o contingente da Polícia Civil, que é de 4,7 mil.

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