Maioria dos buritizáveis ignora desfile de 7 de Setembro na campanha
Somente o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) prestigiou o evento em agenda oficial nessa sexta-feira (7/9)
atualizado
Compartilhar notícia
Quase todos os candidatos ao Palácio do Buriti ignoraram o evento de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios e optaram por fazer campanha nas bases. Dos 11 postulantes, somente o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) compareceu à agenda oficial do Dia da Independência do Brasil: o tradicional desfile da Esplanada dos Ministérios.
Nessa sexta (7/9), todos voltaram a comentar o atentado sofrido por Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG). O postulante à Presidência da República pelo PSL recebeu uma facada durante agenda de campanha na quinta (6).
Os buritizáveis lamentaram a violência contra o candidato do PSL e seguiram o corpo a corpo dos últimos dias pelas diferentes regiões do DF. Rogério Rosso (PSD) focou no encontro com lideranças religiosas, público conhecido por seu vice, Egmar Tavares, do PRB, partido da Igreja Universal do Reino de Deus. O discurso foi combativo durante toda a agenda.
Rosso iniciou a conversa criticando a postura da atual gestão acerca da relação com a comunidade cristã. “Agiram de má-fé. Foram covardes com as igrejas do DF. Muitas acabaram fechadas sem nenhuma explicação plausível”, disse. E emendou afirmando que a saúde do DF está em estado de calamidade. “Eu vejo as propagandas eleitorais de alguns candidatos e eles mostram um Distrito Federal que não existe”, completou.
Depois de participar da cerimônia oficial da Independência da República como governador, Rollemberg voltou às atividades de campanha. Em caminhada no Deck Sul, na orla do Lago Paranoá, ele destinou parte do discurso para rebater Rosso: “Cada dia fica mais claro o despreparo do candidato. Suas propostas são demagógicas, irresponsáveis e irrealizáveis. [A atitude] demonstra que ele não tem argumentos concretos para melhorar a cidade”, declarou.
Operação policial
O postulante do DEM, Alberto Fraga, também atacou Rollemberg pela mais recente ação da Polícia Civil do DF, a Blindness, que investiga um assessor do candidato apontado como centro de um suposto esquema criminoso de lavagem de dinheiro. “Essa operação parece uma coisa encomendada. O Rollemberg está usando a ‘sua polícia’ para perseguir adversários políticos”, afirmou.
Fraga cancelou as agendas dessa sexta (7) e informou que passará o sábado em São Paulo para visitar Bolsonaro no Hospital Albert Einsten.
Em primeiro lugar na pesquisa da Datafolha divulgada na quinta (6), a candidata ao Palácio do Buriti Eliana Pedrosa (Pros) destinou seu tempo nessa sexta para inaugurar seu comitê de campanha no PSul, em Ceilândia. No local, ela comentou o atentado contra Bolsonaro e reforçou a importância de investir na segurança pública de Brasília.
Ainda prometeu a regularização do condomínio Pôr do Sol, a fim de garantir urbanização, saneamento, construção de creches e escolas, aumento da segurança e de linhas de ônibus no período noturno. “Estamos vendo os locais disponíveis, mas pelo menos mais duas creches vamos ter na cidade”, anunciou.
Gravação
Fátima Sousa (PSol) destinou a manhã para gravar mais um programa eleitoral gratuito. “Quem conhece nossas propostas para o DF sabe que aliamos capacidade e compromisso”, disse.
O concorrente do partido Novo, Alexandre Guerra, começou as agendas no período da tarde. Participou do lançamento do Casamento dos Sonhos, na Estrutural; e, à noite foi à Micarê da Farra, com Pablo Vittar.
Júlio Miragaya (PT) iniciou o dia em reunião com os candidatos do PT no assentamento Contagem, na Fercal. Embora estivesse prevista a ida do postulante à Esplanada dos Ministérios para participar do movimento Grito dos Excluídos, ao lado da deputada federal Erika Kokay e do postulante a deputado distrital Rodrigo Britto, ele permaneceu na Fercal, o lado do distrital Chico Vigilante.
Ibaneis Rocha (MDB) não teve agenda de campanha. Antônio Guillen (PSTU), Renan Rosa (PCO) e o general Paulo Chagas (PRP) não divulgaram os compromissos do feriado.
