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Justiça manda soltar Cláudio Monteiro, preso na Panatenaico

Na manhã desta quarta (31/5), desembargador também libertou Agnelo Queiroz, Fernando Queiroz, Nilson Martorelli e Maruska Lima

atualizado

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claudio monteiro
1 de 1 claudio monteiro - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Depois de o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e outras três pessoas terem conseguido a liberdade, na manhã desta quarta-feira (31/5), o ex-secretário da Copa Cláudio Monteiro também vai deixar a carceragem da Polícia Civil do DF. A decisão é do desembargador Federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.

O magistrado também foi o responsável por soltar Agnelo; o dono da Via Engenharia, Fernando Queiroz; o ex-presidente da Novacap Nilson Martorelli; e a ex-presidente da Terracap Maruska Lima. Eles foram presos pela Polícia Federal no dia 23, na Operação Panatenaico, que investiga um esquema de corrupção na reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha.

Ainda estão detidos o ex-governador José Roberto Arruda (PR), o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) e os acusados de intermediarem o pagamento de propina, Sérgio Lúcio, Jorge Salomão e Afrânio Roberto.

Os advogados de todos eles já protocolaram pedido para que o magistrado estenda a decisão aos que permanecem presos. A assessoria de imprensa do TRF da 1ª Região informou que o desembargador deve decidir sobre todos os pedidos ainda nesta quarta (31).

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A mulher de Agnelo, Ilza Queiroz, e o advogado dele saem da casa do ex-governador, no Setor de Mansões Dom Bosco
Viaturas da Polícia Federal na casa de Agnelo
Agentes estiveram na casa do ex-vice-governador Tadeu Filippelli
Maruska Lima (à direita) ao lado do ex-governador Agnelo Queiroz
Tadeu Filippelli foi levado pela Polícia Federal de sua casa, na QI 17 do Lago Sul
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A operação foi deflagrada em 23 de maio

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A mulher de Agnelo, Ilza Queiroz, e o advogado dele saem da casa do ex-governador, no Setor de Mansões Dom Bosco

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Viaturas da Polícia Federal na casa de Agnelo

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Agentes estiveram na casa do ex-vice-governador Tadeu Filippelli

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Maruska Lima (à direita) ao lado do ex-governador Agnelo Queiroz

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Tadeu Filippelli foi levado pela Polícia Federal de sua casa, na QI 17 do Lago Sul

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Tadeu Filippelli chegando à sede da Polícia Federal

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Filippelli e os demais suspeitos ficaram presos durante oito dias

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Fernando Queiroz, dono da Via Engenharia, na chegada à sede da PF em Brasília: ele está entre os 21 indiciados

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A ex-presidente da Terracap Maruska Lima de Souza Holanda (de bolsa vermelha) também foi presa

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Cláudio Monteiro (de azul), ex-secretário da Copa, foi um dos investigados

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Fernando Márcio Queiroz, presidente da Via Engenharia, é um dos envolvidos no esquema de propina ligado à obra do Estádio Mané Garrincha

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O ex-governador Agnelo Queiroz foi o último a chegar à Polícia Federal no dia da prisão

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Ex-governador Agnelo Queiroz é acusado de receber propina durante obra do Mané Garrincha

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A arena esportiva serviu para desviar recursos públicos para políticos

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Estádio Mané Garrincha: corrupção dos alicerces ao acabamento

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Liberdade
Na primeira decisão que concedeu liberdade a Agnelo e a outros três investigados na Panatenaico, o desembargador Néviton Guedes afirmou que, pelo caráter excepcional da supressão da liberdade de ir e vir, é preciso que o juiz “apoie sua decisão nas circunstâncias fáticas do caso” – o que não teria ocorrido, na avaliação do relator.

“Não há dúvida nenhuma de que a decisão de primeira instância não se desincumbiu da obrigação de demonstrar que, individualizada e concretamente, a liberdade do paciente colocaria em risco as investigações da autoridade policial. De fato, quando, na decisão, foi oferecido algum motivo para o encarceramento cautelar, isso sempre foi veiculado de forma genérica, sem referência à situação concreta do paciente”, ponderou.

O magistrado ainda advertiu que a representação com pedido de nova medida cautelar ou mesmo a possibilidade de surgirem novos indícios de outros envolvidos no esquema “jamais justificaria” a prorrogação da prisão temporária.

Decisão Habeas Corpus – Agnelo Queiroz, Fernando Queiroz e Nilson Martorelli by Metropoles on Scribd

Conluio, superfaturamento e propina
A operação, deflagrada pela Polícia Federal, é decorrência das delações de ex-executivos da Andrade Gutierrez, que construiu a arena em consórcio com a Via Engenharia. A Justiça determinou a indisponibilidade de R$ 155 milhões de 13 envolvidos no esquema.

Os investigados, de acordo com a PF, cometeram crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, corrupção ativa e passiva e fraude em licitação. O pedido de prisão temporária se justifica, segundo a corporação, para o recolhimento de mais provas que permitam o avanço da apuração.

De acordo com o MPF, foi constituído um cartel entre várias empreiteiras para fraudar a licitação e assegurar, de forma antecipada, que os serviços e as obras fossem executados por consórcio constituído pela Andrade Gutierrez e Via Engenharia. Como contrapartida, os vencedores pagaram propina a agentes políticos e públicos, que estão entre os alvos da operação.

A reconstrução do antigo Mané Garrincha foi estimada inicialmente em R$ 690 milhões, mas acabou custando cerca de R$ 1,6 bilhão, o que fez com que o estádio se tornasse o mais caro entre os 12 que receberam os jogos da Copa do Mundo de 2014. O dinheiro saiu dos cofres da Terracap, empresa pública do Governo do Distrito Federal, cujo capital é constituído da seguinte forma: 51% do GDF e 49% da União.

 

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