Justiça manda penhorar carro de luxo da distrital Sandra Faraj
Decisão visa garantir que deputada quite dívida cobrada pela empresa de informática Netpub, cujo sócio é ex-funcionário da parlamentar
atualizado
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A Justiça determinou a penhora de um utilitário Evoque Dynamic 5D, de propriedade do marido da deputada Sandra Faraj (Solidariedade), João Batista Cavalcante Júnior. A decisão faz parte da execução da dívida que a parlamentar teria com a Netpub.
A penhora foi anexada, nesta segunda-feira (17/4), ao processo no qual a Justiça determina que Sandra pague R$ 217.630,36 à empresa. O veículo é uma garantia de que os débitos serão quitados, caso a deputada seja condenada. De acordo com a tabela Fipe, o utilitário tem preço médio no Brasil de R$ 168.474,48.
De acordo com o advogado de Sandra Faraj, Cléber Lopes, a juíza pediu que um bem fosse penhorado enquanto analisa os argumentos da defesa. “Isso não significa andamento do processo”, afirmou. Na petição entregue à Justiça, também anexada aos autos nesta segunda-feira, é reiterada a posição de que a parlamentar mantinha em casa valores em espécie para arcar com as obrigações contratuais até o ressarcimento ser feito pela CLDF por meio de verba indenizatória.
No entanto, no mesmo processo de embargos de execução, a defesa alega ter anexado extratos bancários que apontariam saques de Sandra da conta corrente no valor das parcelas a serem pagas à Netpub, o que comprovaria o pagamento da dívida.
Sandra é acusada pelos sócios da Netpub, entre eles Filipe Nogueira, ex-funcionário do gabinete da deputada, de dar calote de R$ 150 mil à empresa. Ele teria prestado serviço de informática para a distrital, entre 2015 e 2016, e recebido apenas R$ 24 mil dos R$ 174 mil devidos.
Processo na CLDF
Paralelamente ao processo na Justiça, corre na Câmara Legislativa o pedido da ONG Adote um Distrital de cassação de mandato de Sandra Faraj. Nesta terça-feira (18), a defesa da parlamentar foi entregue à Corregedoria da Casa.
A partir de agora, o corregedor, deputado Juarezão (PSB), terá 15 dias úteis para analisar o material e formular um parecer para a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Segundo o advogado Cleber Lopes, a defesa se ateve apenas ao caso de inadimplência e os motivos que levaram o gabinete da deputada a pagar parte da dívida em boleto e o restante em dinheiro.