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Júlia Lucy se desculpa por compartilhar imagem de Hitler: “Equívoco”

Apesar das justificativas da distrital feitas na tribuna da CLDF, colegas criticaram postura da deputada nas redes sociais

atualizado

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1 de 1 Untitled71 - Foto: Instagram/Reprodução

A deputada distrital Júlia Lucy (Novo) afirmou, nesta terça-feira (2/4), ter cometido um “equívoco” ao compartilhar uma imagem na qual Adolf Hitler, ex-ditador nazista, aparece ao lado do ex-deputado federal Jean Wyllys (PSol) com o arco-íris – símbolo da luta LGBT – ao fundo.

“Era uma imagem relacionada ao Dia 1º de Abril, o Dia da Mentira, que deveria ter sido divertida, mas foi mal interpretada. Todos sabem que sou a favor da liberdade, tenho amigos gays, funcionários e até fui madrinha de casamento de um casal homossexual. Por isso, peço desculpas a todos”, disse Júlia Lucy na tribuna da Câmara Legislativa.

Na montagem, divulgada na segunda-feira (1°), aparece a seguinte mensagem: “1º de Abril: dia do socialismo que deu certo”. Além de Hitler e Wyllys, estão na peça os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (ambos do PT), o sociólogo e filósofo Karl Marx, os chefes de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro; da Coreia do Norte, Kim Jong-un; e o ex-presidente de Cuba Fidel Castro.

Logo após o pedido público de desculpas, colegas de Júlia Lucy criticaram, também da tribuna, a conduta da parlamentar. “Comparar o nazismo a qualquer movimento de esquerda é um erro. Os LGBTs foram massacrados pelo nazismo, com mais de 10 mil torturados e mortos. Eles eram marcados com um triângulo rosa e eram obrigados a fazer trabalhos forçados”, afirmou Fábio Felix (PSol).

Arlete Sampaio (PT) também questionou Júlia Lucy. “Como pode uma pessoa com formação em ciência política fazer uma postagem como aquela? É inadmissível colocar Dilma Rousseff ao lado de Hitler: ela foi torturada pelo fascismo. Mesmo o [ex-presidente] Fernando Henrique, com quem tenho divergências… Vinculá-los a Hitler é um crime. Não acredito que seja uma brincadeira, mas uma sinalização”, protestou a petista.

O deputado Leandro Grass (Rede) também engrossou as críticas. “Tive a oportunidade de ficar 12 dias na Alemanha e eles fazem questão de expor, para não ter dúvidas, do que se tratava o nazismo era: não podemos dizer que era de esquerda nem de direita. O nazismo é perverso, matou judeus e outros grupos. É importante que tragamos esse debate para tirar essas dúvidas”, explicou Grass.

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A imagem com o print da tela dos Stories de Júlia – como são conhecidas as postagens no Instagram que só ficam disponíveis por 24 horas – viralizou. Representantes da comunidade gay repudiaram o ato em comentários nas redes sociais.

Nas redes sociais, os protestos foram muitos. Em um deles, um internauta diz: “Poderia ser um simples meme, mas foi postado por uma deputada distrital”.

Em outro, um usuário questiona o processo seletivo do Novo. “Vai ver não perguntaram sobre: história do país; importância de lutas pelos direitos LGBTs; diferença entre FHC, Hitler e Coreia do Norte. Só isso justifica tamanha campanha de desinformação por uma parlamentar do ‘Novo’”.

Ainda nas redes sociais, outra pessoa disparou: “Essa postagem da deputada Júlia Lucy é de uma desonestidade intelectual que assombra. Desrespeitosa com a pauta LGBT+ que assombra, além de reproduzir senso comum carregado de erro conceitual. Lastimável”, assinala.

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