Júlia Lucy diz que só usará serviços públicos durante mandato na CLDF

Menos de 24 horas depois de eleita para seu primeiro mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal, Júlia Lucy (Novo) convocou uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (8/10), para dizer como pretende se comportar na próxima legislatura. Única candidata apoiada pelo senador Antônio Reguffe (sem partido) que conseguiu se eleger, ela prometeu usar apenas serviços públicos nos próximos quatro anos.

Ao lado de assessores, no mezanino de um hotel do centro de Brasília, Júlia conversou por cerca de dez minutos com os jornalistas. Mineira de boa prosa e ideias austeras, ela vai ser a primeira distrital do partido. “Morei na região do Entorno e sei como é difícil usar os serviços públicos. É só assim que um deputado pode entender o que a população está passando e trabalhar para melhorar a situação”, afirmou.

Uma resolução interna do Novo não permite aos filiados fazer indicações ao Executivo, medida que a estreante pretende seguir. Além disso, ela garante que vai fiscalizar as ações do próximo governador, independentemente de quem assumir o Palácio do Buriti. “Tem contas de governos passados que até hoje não foram analisadas e outras questões levantadas pelo Tribunal de Contas (TCDF).”

Verba indenizatória
Servidora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Júlia milita no projeto Câmara Mais Barata. Em uma Casa com dois terços das cadeiras de parlamentares renovadas, ela se comprometeu a não usar a verba indenizatória, no valor de R$ 15 mil mensais, e trabalhar pela extinção completa do benefício.

A candidata declarou ao TSE ter recebido R$ 18.151,04 de pessoas físicas durante a campanha, pouco menos da metade foi utilizada para imprimir material de divulgação. Ao final, ela conquistou 7.655 votos e alcançou o 22º lugar graças ao quociente eleitoral.

A futura distrital disse estar feliz com a renovação da CLDF e espera que os novos colegas estejam de acordo para trabalhar em prol de pautas positivas para o Distrito Federal.