Jornais são barrados na primeira coletiva de imprensa de Bolsonaro
Por mensagens pelo WhatsApp, assessor respondeu aos jornalistas dos veículos barrados que eles não poderiam entrar “por questões de espaço”
atualizado
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Os jornais impressos foram barrados da primeira coletiva do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na tarde desta quinta-feira (1º/10), em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em uma lista regulada por uma policial federal na porta do condomínio, Bolsonaro só permitiu que emissoras de TV (menos a TV Brasil), algumas rádios e dois sites entrassem. O Estado, a Folha de S. Paulo, O Globo e as agências internacionais não puderam passar da guarita do condomínio.
Foram autorizados a entrar no local representantes de dez veículos: TV Globo, GloboNews, Band, Jovem Pan, Reuters, SBT, Record TV, UOL, Rede TV! e G1.
A Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Valor Econômico, CBN e EBC não entraram.
O credenciamento foi feito pelo assessor Tercio Arnaud Tomaz, funcionário da campanha de Bolsonaro, mas lotado no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), na Câmara do Rio, com o salário de R$ 3.641.
Carlos está licenciado do Parlamento desde agosto deste ano. Por mensagens pelo WhatsApp, Tercio respondeu aos jornalistas dos veículos barrados que eles não poderiam entrar “por questões de espaço”. Pelo menos 20 repórteres e suas equipes entraram no local. Bolsonaro tem usado sua casa para receber grupos de parlamentares e apoiadores.
Quando jornalistas que participaram da coletiva perguntaram ao presidente eleito por que alguns veículos tinham sido barrados, Bolsonaro respondeu “não sei quem marcou isso (coletiva)” e que não mandou restringir ninguém. Desde o episódio da facada, o político não tem concedido entrevistas a jornais impressos e privilegiado meios eletrônicos, como emissoras de televisão e rádio.