Joe e Wellington Luiz estudam chapa para disputar presidência da CLDF
Apoio do PT à candidatura de Agaciel Maia forçou a aproximação dos dois distritais, que também pretendiam concorrer à presidência da Casa
atualizado
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A disputa eleitoral para definir o novo presidente da Câmara Legislativa teve novos movimentos no sábado (10/12). O anúncio de que o PT apoiará Agaciel Maia (PR) e terá o petista Ricardo Vale como vice, conforme o Metrópoles antecipou, fez os adversários redefinirem estratégias. Dois deputados — Joe Valle (PDT) e Wellington Luiz (PMDB) — estudam fundir as candidaturas em uma chapa única. O plano é somar esforços para combater Agaciel, nome endossado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
A iniciativa partiu de Joe Valle (foto em destaque), que telefonou para Wellington Luiz após uma reunião de bancada neste sábado (10). O colega se mostrou receptivo à ideia, que pode garantir os 13 votos necessários para sacramentar a vitória na eleição marcada para quinta-feira (15).
O pedetista, cujo bloco tem quatro votos garantidos, nunca escondeu o desejo de concorrer ao maior cargo da CLDF. Já o nome do peemedebista surgiu na briga na última terça-feira (6), quando um grupo de 11 deputados lançou uma ofensiva para evitar a eleição de Agaciel.Ao Metrópoles, Joe reforçou a necessidade de se forjar uma aliança rapidamente. “Vamos conversar com o PMDB e propor uma composição com o Wellington. O governador veio forte para a disputa e, sem a estrutura de governo, não temos como competir”, admitiu o ex-secretário de Rollemberg ao Metrópoles.
Já Wellington Luiz aguarda o aval do presidente do PMDB no DF, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, para confirmar a chapa única. O distrital admitiu à reportagem que as conversas com o colega avançaram. “É possível uma chapa conjunta. Falei hoje (sábado) com o Joe, mas tudo isso tem que passar pela direção do PMDB”, afirmou.
Pretensão frustrada
Caso Joe Valle e Wellington Luiz formem uma chapa para bater de frente com Agaciel Maia e Ricardo Vale, dois deputados que pretendiam concorrer à vice-presidência podem ter os planos frustrados: Rodrigo Delmasso (PTN) e Reginaldo Veras (PDT).
No balcão eleitoral da Câmara Legislativa, Delmasso se vende aos colegas com a promessa de ter 10 votos, a maioria entre evangélicos. O problema é que essa conta não é exata, uma vez que o apoio da bancada religiosa pode ser pulverizado.
A única possibilidade de um dos dois entrar na disputa como vice seria se Sandra Faraj (SD) decidir se lançar à presidência, possibilidade ventilada há meses nos corredores da Casa. Mas o cenário está cada vez mais improvável. Uma chapa entre a deputada pastora e Delmasso não contaria com força suficiente. E Reginaldo Veras não disputaria contra Joe, pois ambos são do PDT e um racha no partido enfraqueceria a sigla.
Colaborou Guilherme Waltenberg