Ibaneis promete, se eleito, devolver salário e não usar carro oficial
Candidato ao GDF pelo MDB, o advogado também disse que, se vencer a disputa, transformará residência de Águas Claras em parque vivencial
atualizado
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O candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF) pelo MDB, Ibaneis Rocha, declarou nesta terça-feira (11/9) que, caso seja eleito em outubro deste ano, vai abrir mão dos salários e de “regalias” específicas garantidas ao cargo de governador. Entre as mordomias citadas pelo emedebista estão o uso da Residência Oficial de Águas Claras, veículos de luxo, motoristas e até mesmo o combustível para locomoção.
“Vivo e vou continuar vivendo com o que é meu. Não estou disputando o cargo para ter privilégios. Meu objetivo é colocar ordem no Distrito Federal e não preciso dessa estrutura cara disponibilizada ao governador”, disse ao Metrópoles.
Segundo o candidato, a ideia é permanecer morando em sua casa, no Lago Sul, e transformar a residência de Águas Claras em uma espécie de parque vivencial para atender a comunidade da região.
Sobre os proventos recebidos como chefe do Executivo, o emedebista vai direcionar o salário para um fundo exclusivo, que será criado por ele para reformar salas de aula, em especial aquelas de regiões mais carentes. “Eu fiz uma conta, e o reparo de cada sala dessas sai em torno de R$ 50 mil. Com R$ 300 mil, consigo melhorar seis espaços diferentes em um ano”, explicou.
Sobre o uso de carros oficiais, Ibaneis disse já ter seu próprio veículo e contar com um condutor que trabalha com ele há muito tempo. Contudo, a restrição não valerá para os secretários. “Não vou pedir para ninguém trabalhar de graça. Para termos bons nomes técnicos, precisamos ter oferta. Não posso obrigar que tenham a mesma visão que eu, mas a minha parte vou fazer”, assegurou.
Redução de salário
Ainda como candidato ao GDF em 2014, o atual chefe do Executivo distrital, Rodrigo Rollemberg (PSB) – o qual concorre à reeleição –, prometeu que, caso eleito, enviaria para a Câmara Legislativa projeto de lei para autorizar a redução dos salários do governador, vice e dos secretários de Estado.
Rollemberg chegou a encaminhar o documento aos distritais, mas a proposta está engavetada no Legislativo local. A justificativa é que a redução dos proventos do chefe do Executivo resultaria também no corte proporcional dos salários dos deputados.