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Ibaneis pede criatividade a secretários e diz: “Não existe dinheiro”

Governador fez prévia das ações em 100 dias de gestão e disse que prioridade é pagamento de salários e aposentadorias a servidores

atualizado

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1 de 1 ibaneis, reunião, secretariado - Foto: Divulgação

O governador Ibaneis Rocha (MDB) fez, nesta terça-feira (2/4), reunião extraordinária com seu secretariado para avaliar os primeiros 100 dias de gestão. O encontro, no Palácio do Buriti, não constava da agenda oficial do emedebista e foi convocado em função da preocupação do chefe do Executivo local com as finanças. Ele pediu criatividade a seus subordinados e justificou: “Não existe dinheiro”.

O governador foi enfático e disse que não vai admitir reclamações da sua equipe sobre a herança recebida de governos anteriores. “A ordem é fazer mais com menos”, disse um dos secretários após a reunião.

Ibaneis voltou a falar sobre os reajustes salariais a servidores e pediu, novamente, paciência para as categorias: “É muito difícil tratar qualquer questão de reajuste e pagamento de terceira parcela com ambiente de incerteza”. De acordo com o emedebista, reajustes e o pagamento da terceira parcela aos servidores estão em suspenso até o GDF superar o impasse com o Tribunal de Contas da União (TCU).

O órgão de controle tirou do tesouro local R$ 700 milhões por ano, referentes ao Imposto de Renda dos funcionários pagos com recursos do Fundo Constitucional, e determinou que o GDF liquide R$ 10 bilhões relativos ao que não foi repassado à União nos últimos anos.

“O primeiro compromisso meu é não deixar o servidor do DF sem receber salário, aposentadoria e pensão. Eu só vou tratar de reajuste quando o orçamento permitir e eu tiver segurança no que diz respeito a esse orçamento”, pontuou.

Ibaneis citou que outros estados não conseguem nem mesmo pagar a folha em dia. O emedebista deu como exemplo o Rio Grande do Norte, que sofre com cinco meses de atraso nos pagamentos. Segundo o governador, as categorias contam com o seu respeito e a pauta salarial será retomada tão logo o orçamento do DF seja reequilibrado.

Mesmo neste quadro difícil, de vacas magras, o emedebista nega que Brasília esteja com o cofre quebrado.

“Se você fizer uma avaliação de orçamento, nós temos que tomar muito cuidado com o nosso estado. Nós não temos dinheiro sobrando. Nós temos condições de pagar a nossa folha, de cumprir as nossas obrigações. Nós estamos pagando débitos do passado. Estou fazendo contratações para aquelas áreas que são necessárias”, explicou. E citou que vai chamar mais 150 médicos para a rede pública.

Após o encontro, o secretário de Fazenda e Planejamento, André Clemente, disse ao Metrópoles que “nesses 100 dias, muito foi feito. Muitas ações estruturantes em todas as áreas”. De acordo com ele, há muito ainda por fazer: “Brasília voltará a crescer”. (Colaborou Caio Barbieri)

 

 

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